Deixar herança para os pai vivo: é possível? Quais as consequências?

Então, um dos pais morre e deixa a herança para o cônjuge e o filho. No entanto, o filho não quer sua parte e prefere que fique com a mãe, ou pai (a parte que ainda está viva). Até porque, quando essa parte que está viva morrer, será dele e não faria sentido gastar com inventário separando tudo. Mas, será que realmente é assim que funciona? 

É melhor fazer do jeito certo quando se trata de herança 

Supondo que o pai de João morreu. Mas, João não quer gastar com um inventário para separar os bens e prefere deixar tudo no nome de sua mãe para que depois de sua morte os bens sejam passados para o seu nome sem tanta burocracia. No entanto, o que João não se recorda é que de sua mãe pode voltar a entrar em uma união estável ou casamento.

O filho pode confiar em sua mãe para deixar os bens e pode ter certeza que nada acontecerá. Entretanto, quando pessoas de outras famílias entram para a união, como um novo caso amoroso entre a mãe e outro homem ou mulher, quando a mãe morrer, essa pessoa também terá direito ao valor que seria destinado ao filho. 

E é então que os transtornos em família começam porque a lei não permite que se volte atrás após ter assinado o contrato dando todos os direitos sobre uma propriedade a apenas uma das partes.

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Como posso dar a minha parte para outra pessoa? 

Se mesmo estando ciente de que pode perder o direito permanente ao bem, mesmo que seja para um pai ou mãe, pode fazer como é determinado pelo art. 1.793 do Código Civil e criar uma ESCRITURA DE CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS informando que não tem interesse em ficar com o bem. 

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