Demissão silenciosa: o que é e quais são os seus sinais

Movimento surge em um momento em que as pessoas estão repensando o papel do trabalho em suas vidas. Entenda.
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Quiet Quitting ou demissão silenciosa é a nova tendência no mundo corporativo. Apesar do que o nome sugere, não tem nada a ver com deixar o emprego silenciosamente; mas sim fazer apenas o que é esperado em sua função. Ou seja, um funcionário se desliga emocionalmente do trabalho, mas continua a estar fisicamente presente na empresa

Trata-se, também, de um tema que tem levantado muita discussão nas redes sociais: por se sentir desmotivado, o funcionário tem atitudes intencionais e conscientes de fazer o mínimo que puder para realizar o trabalho necessário.

    Desde então, é possível ver diversos posts sobre o tema, em que colaboradores expõem não se esforçar tanto para entregar suas tarefas diárias.

Sobrecarga de trabalho

Entre os principais motivos para o movimento ter crescido está a sobrecarga e o desgaste nas relações de trabalho. 

Segundo um levantamento recente, realizado com três mil profissionais de diversos níveis, após a pandemia, 54% dos candidatos entrevistados indicaram frustração com o trabalho e pouco mais da metade, 51%, relataram dificuldades para cumprir suas atividades.

Utilizado como estratégia para se preservar da Síndrome de Burnout, o movimento, por outro lado, põe em risco a transparência no ambiente de trabalho e leva a prejuízos, tanto para profissionais quanto para as empresas.

Importante entender que embora o nome dê a entender que este profissional esteja buscando ser demitido, na verdade, ele quer permanecer no cargo, mas sem se engajar de fato com a empresa e fazer estritamente a suas tarefas.

Diferentemente do que se pode entender num primeiro momento, a causa desse comportamento pode ir além da sobrecarga de atividades e estar ligada à falta de sensação de pertencimento.

Quem faz parte do movimento Quiet Quitting?

O termo, que ficou popular no noticiário e viralizou no TikTok, está atrelado à Geração Z. Isso porque, é a geração que dá fim ao comportamento workaholic. Para ela, o que vale é equilibrar a vida pessoal e a profissional.

Não à toa. O movimento surge em um momento em que as pessoas — em sua maioria Millennials e Geração Z — estão repensando o papel do trabalho em suas vidas. 

Sinais de demissão silenciosa

Alguns dos sinais são os seguintes:

  • Não aceitar tarefas fora do escopo do cargo;
  • Não responder a mensagens ou e-mails fora do horário de trabalho;
  • Sair do trabalho na hora exata ;
  • Pouca comunicação; 
  • Apatia;
  • Desinteresse ;
  • Redução da produtividade; 
  • Falta de ânimo para o trabalho em equipe; 
  • Menos dedicação nas tarefas recorrentes; 
  • Pouca abertura para aceitar demandas que fogem do escopo do trabalho. 

Como empregadores devem enxergar a “demissão silenciosa”

Especialistas apontam que o equilíbrio entre vida social e trabalho é essencial para um bom desempenho. Visto que o contrário disso pode causar a síndrome de burnout. 

Considerando que a ‘demissão silenciosa’ está diretamente ligada à saúde mental dos profissionais, as empresas devem lidar com o esgotamento de seus funcionários e quais sinais são realmente preocupantes.

Para identificar um profissional com esgotamento mental, pessoas em cargos de comando e supervisão devem se atentar a comportamentos. Entre eles estão: faltas e atrasos aos compromissos profissionais, irritabilidade, isolamento, lapsos de memória, erros constantes, cansaço e dificuldade em se concentrar.

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