Desenrola Brasil: limites de renegociação sobem para R$ 20 mil

Limite anterior era de R$ 5 mil. Entenda as etapas de negociação
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O Programa Desenrola Brasil é do governo e veio para ajudar os quase 70 milhões de brasileiros com nome negativado a saírem das dívidas. O programa acontece em duas etapas. 

O Ministério da Fazenda revisou os dados de devedores inscritos na segunda etapa do Desenrola Brasil e observou haver possibilidade para elevar o limite de dívidas a serem quitadas. Anteriormente, o programa previa negociar débitos de até R$ 5 mil, agora esse limite passa a ser de R$ 20 mil. 

Na próxima semana, as mais de 700 empresas que aderiram ao programa vão poder realizar leilões para quitar as dívidas de negativados e será possível abrir leilões para dívidas de até R$ 20 mil. 

Para as dívidas que terão garantia do Fundo Garantidor de Operações (FGO), a prioridade seguirá sendo as de até R$ 5 mil. Foram destinados R$ 8 bilhões do FGO para o programa.

Além disso, outras prioridades serão pessoas com renda de dois salários mínimos, ou inscritos no CadÚnico.

Os débitos de R$ 5 mil representam, ao todo, R$ 78,9 bilhões a se negociar e 65,9 milhões de dívidas. 

Quando o recorte sobe para débito de até R$ 20 mil, o estoque de endividamento elegível para o programa aumenta para R$ 161,3 bilhões. Nesse filtro estão 74,9 milhões de débito.

As empresas de água, saneamento, luz, varejistas, entre outras, participarão do leilão que deve ofertar lances mínimos de descontos de até 58%. A previsão do governo é que os descontos cheguem a 90%.

Queda na inadimplência

A primeira fase do programa de renegociação já trouxe uma melhora nos indicadores de inadimplência. Em sete semanas, os bancos renegociaram R$ 11,8 bilhões em dívidas e desnegativaram 6 milhões de registros de clientes que tinham pendência de até R$ 100.

Em julho, o número de inadimplentes teve a segunda queda consecutiva, algo que não ocorria desde junho de 2021. Cerca de 34 mil pessoas deixaram de fazer parte da estatística no mês levando o total de consumidores com contas em atraso recuar para 71,41 milhões, um patamar ainda elevado para o padrão brasileiro.

As dívidas dos brasileiros com bancos e cartões de crédito caíram de 31,1% do total em junho para 29,5% em julho. Foi o maior recuo nesse segmento desde janeiro de 2019.

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