Este ano também não contará com horário de verão

Amado por uns. Odiados por outros. Assim é o horário. Não tem meio termo. 

Estava em discussão pelo atual governo o seu retorno. Todavia, essa situação chegou ao fim com a tomada de decisão. Após estudos, o Ministério de Minas e Energia verificou que não será preciso a implementação do horário de verão no Brasil em 2023.

Por enquanto, segundo a pasta, está descartada a possibilidade. Em todas as vezes que vigorou o horário de verão, ele começava em outubro e terminava em fevereiro. No ano de 2019, o então presidente Jair Bolsonaro extinguiu a medida em abril daquele ano.

Ao se eleger o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma enquete por meio de suas redes sociais para questionar a população sobre a volta do mecanismo. Na ocasião ele perguntou: “O que vocês acham da volta do horário de verão?”

Como resultado da enquete: 66,2% dos votos foram a favor da volta do horário de verão e 33,8% foram contra a medida.

Mudanças de hábito

Quando foi criado, em 1931, o adiantamento do relógio em 1 hora entre os meses de outubro e fevereiro tinha o objetivo de aproveitar melhor a luz natural e reduzir a concentração do consumo no horário de pico, que era no horário entre 18h e 20h.

No entanto, nos últimos anos, houve mudanças no padrão de consumo de energia dos brasileiros e no horário de pico, com maior uso da eletricidade no período da tarde, principalmente por causa da intensificação do uso de aparelhos de ar-condicionado.

Além disso, a iluminação, que antes representava uma parte significativa do consumo, especialmente no horário de pico, hoje não é mais tão importante do ponto de vista elétrico. Até o início da década de 2000, era comum o uso de lâmpadas incandescentes nas residências, empresas e na iluminação pública.

Após a crise energética de 2001, foram adotadas políticas de eficiência energética, com o aumento do uso de lâmpadas mais econômicas, como as fluorescentes, e eletrodomésticos mais eficientes.

Bares e restaurantes

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) enviou uma carta para o governo federal pedindo a volta da estratégia. Segundo o texto, o horário de verão gera um crescimento de 10% a 15% no faturamento de bares e restaurantes

De acordo com o Presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, seria favorável para todo o país, afinal contribui para a economia de energia e reduz custos operacionais nas empresas, mesmo que não estejamos no momento com risco de desabastecimento.