domingo,
7 de dezembro de 2025

Existe um horário certo para demitir um funcionário?

Entenda as indicações do dia e da hora mais estratégicas para o desligamento

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A demissão de um colaborador, embora seja uma etapa natural da gestão de pessoas, carrega um peso emocional e legal significativo. 

No Brasil, embora a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não determine um horário ou dia específico para a dispensa, a área de Recursos Humanos (RH) e consultores em gestão recomendam veementemente a adoção de uma abordagem estratégica e humanizada na escolha do momento. 

A premissa é simples: minimizar o impacto negativo para o indivíduo e preservar a cultura organizacional.

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Momento ideal: dia e horário

A sabedoria do RH converge para a escolha do meio da semana, preferencialmente às terças ou quartas-feiras. Essa janela de tempo é considerada ideal porque evita a insensibilidade de uma comunicação na sexta-feira. 

Ser demitido na véspera do final de semana isola o profissional da rede de apoio imediato (como o RH, em caso de dúvidas) e o deixa com a notícia traumática durante um período de inatividade, dificultando a organização mental e a busca por assistência. 

Assim, no meio da semana, há tempo para processar o ocorrido e iniciar os primeiros passos na transição de carreira antes do descanso.

Em relação ao horário, o início do expediente da manhã é o mais aconselhado.

Comunicar a decisão logo cedo permite que o colaborador desligado tenha o restante do dia para cumprir os trâmites burocráticos, recolher seus pertences e sair da empresa com o máximo de discrição, evitando o constrangimento de uma saída no final do dia, sob o olhar de todos.

A demissão deve ser o ponto final de um dia de trabalho, não um obstáculo no meio dele.

Tendência da demissão humanizada

Mais do que apenas o “quando”, o mercado de trabalho moderno prioriza o “como” da demissão. O conceito de Demissão Humanizada ou Desligamento Estratégico surgiu justamente para mitigar o estresse e o trauma do rompimento do vínculo empregatício. Trata-se de uma estratégia que exige transparência, ética e empatia.

O processo humanizado pressupõe que a demissão nunca seja uma surpresa. Ela deve ser o resultado final de um acompanhamento contínuo, com feedbacks e planos de melhoria documentados. 

Na reunião de desligamento, que deve ocorrer em um ambiente privado e com a presença de um representante do RH, a comunicação deve ser direta, clara e respeitosa, baseada nos fatos que levaram à decisão. 

Além disso, as empresas adeptas dessa tendência costumam oferecer suporte ativo ao profissional que sai, como:

  • Apoio à Recolocação: Consultoria para carreira, elaboração de currículo e treinamento para entrevistas.
  • Extensão de Benefícios: Manutenção temporária do plano de saúde.
  • Cartas de recomendação: Reconhecimento formal das contribuições do colaborador.

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Ana Lima
Ana Lima
Ana Lima é formada em Comunicação Social pela Universidade Estácio de Sá e já atua na profissão há mais de 30 anos. Já foi repórter, diagramadora e editora em jornais do interior e agora atua na mídia digital. Possui diversos cursos na área de jornalismo e já atuou na Câmara Municipal de Teresópolis como assessora de imprensa.

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