Fraude do INSS e desvio de R$ 2,4 milhões

Uma investigação descobriu uma fraude no INSS, a chamada Operação Êxodo. Ao todo foram 13 mandados judiciais.

Uma investigação descobriu uma fraude no INSS, a chamada Operação Êxodo. Ao todo foram 13 mandados judiciais, divididos em 4 de prisão preventiva e 9 de busca e apreensão. As buscas dos suspeitos foram realizadas em Codó e Marabá.

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O esquema era investigado desde de 2020 e estima-se que o prejuízo tenha atingido R$ 2,4 milhões. Mesmo com o montante significativo, é importante lembrar  que poderia ter chego a R$ 18 milhões se nada fosse feito – os números foram baseados na expectativa de sobrevida e  são cálculos do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).

Estiveram envolvidos na operação Polícia Federal, Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT) do Ministério do Trabalho e Previdência.

Para equacionar o prejuízo, também foi solicitado a previsão de arresto de bens e de veículos que estavam em nome das supostas pessoas envolvidas no esquema milionário. 

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Por haver funcionários públicos envolvidos,  além dos mandados de prisão preventiva, os investigados estão suspensos de suas respectivas funções enquanto a investigação acontece. 

Como os criminosos atuavam na fraude do INSS?

O crime contava com toda uma engenharia e planejamento, incluindo na fraude do INSS suspeitos como:

  • Dois servidores do órgão;
  • Um advogado voltado para o direito previdenciário;
  • Além de um outro investigado por criar documentos falsos que podiam ser inseridos no sistema. 

Com essa estrutura de pessoas participando do esquema, os criminosos buscavam a concessão de aposentadoria por idade e pensão por morte, buscando isso para pessoas que não tinham o perfil de segurado especial (trabalhador rural).

Os investigados podem responder por crimes de estelionato previdenciário, inserção de dados falsos em sistema público e organização criminosa. 

 

Esquemas de fraudes

Essa fraude do INS não é a única tentativa contra o poder público, outra que chamou atenção foi em relação ao auxílio emergencial. Os valores estimados também são milionários e estão na casa do milhão. 

Para se ter uma ideia de como pensam os criminosos, eles chegaram a usar até lista de pessoas que não votaram nas últimas três eleições – conforme dados publicados nos sites dos tribunais regionais eleitorais (TREs).

Além dessa fraude de dados retirados da internet, havia também o desenvolvimento de documentos falsos e até chegaram a cadastrar números de chips com nomes das vítimas. Sim, os criminosos deram um jeito de fazer tudo isso. A Polícia Federal (PF) que comandou a investigação e cumpriu diversos mandados em março. 

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