Horário de verão: governo estuda detalhes e retorno é quase certo

Caso retorne, o método será colocado em prática somente em novembro
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Está praticamente certa a volta do horário de verão em novembro. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda busca mais fórmulas para economizar energia. Mas a avaliação de auxiliares do presidente é de que a medida tem menos impacto inflacionário e nenhum efeito colateral. 

O ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) se encontrou na segunda-feira, dia 30, com a ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE, para avisar que a implementação da medida não afetaria as eleições –os eventuais segundos turnos são em 27 de outubro. 

Nesta semana, Silveira terá reuniões com representantes de empresas aéreas, comércio e indústria. As aéreas têm dificuldade para fazer todas as alterações necessárias para coordenar as escalas de voos com conexões. 

A ideia é anunciar a medida na semana que vem. Só que o governo tem receio de que a mudança prejudique candidatos aliados à gestão do presidente Lula. Um eventual adiamento do anúncio não está descartado. 

O MME diz que o horário de verão reduz o uso de energia no horário de pico. Estima economizar R$ 400 milhões e influenciar positivamente no crescimento do PIB.

Horário de Verão

A criação do horário de verão ocorreu em 1931, no governo de Getúlio Vargas (1882-1954). Voltou de forma perene em 1985, na gestão José Sarney, depois de ficar anos sem utilização. Está suspenso desde 2019 por decisão do governo Jair Bolsonaro (PL).

Durante o período, os brasileiros devem adiantar os seus relógios em uma hora, a partir da meia-noite da data de início. No último dia da medida, é necessário atrasar os relógios em uma hora à meia noite. 

Assim, além de economizar energia e diminuir a conta dos brasileiros, o governo visa estender o tempo de geração das usinas solares e acompanhar o pico de demanda elétrica durante o período de horário de verão.

O mecanismo é cercado de controvérsias, tanto na opinião popular como na de especialistas sobre sua eficácia em auxiliar o sistema elétrico. Analistas do setor dizem que o horário especial não mais tem razão de existir atualmente por não trazer mais proteção ao sistema, motivo pelo qual foi criado, nem mesmo redução no consumo de energia.

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