Infrações de trânsito que viram crime: o que é preciso saber?

Evite problemas e veja como prevenir que uma Infração vire crime
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No Brasil, algumas infrações de trânsito vão além de uma simples multa e se tornam crimes, conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). 

Essas condutas são tão graves que, além das penalidades administrativas, podem levar a processos criminais e até à prisão. Recentemente, a lei ficou mais dura, reforçando a punição para quem coloca a vida e a segurança de outros em risco nas estradas.

Entre as atitudes mais perigosas estão dirigir embriagado, participar de “rachas” (competições ilegais de velocidade) e fugir sem prestar socorro em acidentes. 

O CTB trata esses comportamentos com rigor, aplicando sanções penais a quem desrespeita as regras. Vamos entender quais infrações podem se tornar crimes e as consequências para o motorista.

Quais infrações de trânsito são consideradas crime?

O CTB define como crime de trânsito as ações que colocam diretamente em risco a vida ou a integridade física de outras pessoas. As principais situações são:

  • Dirigir sob efeito de álcool ou drogas: A pena pode ser de 6 meses a 3 anos de detenção, além de multa e suspensão ou proibição do direito de dirigir.
  • Participar de “Racha” ou Competição Não Autorizada: A pena pode chegar a 3 anos de detenção, e é agravada se houver lesão ou morte.
  • Omissão de socorro: Não prestar assistência à vítima de acidente é crime. A pena é de 6 meses a 1 ano de detenção, mais multa.
  • Fuga do Local do Acidente: Abandonar o local do acidente para não ser responsabilizado penal ou civilmente também é crime.
  • Dirigir sem Habilitação ou com CNH Suspensa/Cassada: Conduzir o veículo nessas condições pode configurar crime, especialmente se gerar perigo de dano a terceiros.

Como as mudanças recentes do CTB impactam as penalidades?

Nos últimos anos, o CTB sofreu alterações que tornaram as punições para crimes de trânsito ainda mais severas. A Lei nº 14.071/2020, em vigor desde 2021, trouxe mudanças importantes:

  • Aumento no tempo de suspensão da CNH.
  • Endurecimento das penas para quem dirige embriagado e causa acidentes com vítimas.
  • Ampliação da prisão em flagrante, especialmente em casos de homicídio culposo (quando não há intenção de matar) ao volante sob efeito de álcool ou drogas. Nesses cenários, o motorista pode ser preso imediatamente, sem direito a fiança, dependendo da gravidade.

O objetivo dessas atualizações é claro: coibir comportamentos perigosos e reduzir o número de acidentes e mortes no trânsito brasileiro.

Quais são as consequências criminais para o motorista?

Quando uma infração de trânsito é classificada como crime, as consequências vão muito além de multas e pontos na carteira. As principais sanções incluem:

  • Detenção ou Reclusão: O motorista pode ser condenado à prisão, com penas que variam conforme a gravidade do crime.
  • Suspensão ou Cassação da CNH: A carteira de habilitação pode ser suspensa ou até mesmo cassada, impedindo o motorista de dirigir por longos períodos.
  • Multas Agravadas: Os valores das multas para crimes de trânsito são geralmente muito mais altos que os de infrações comuns.
  • Antecedentes Criminais: A condenação por um crime de trânsito gera um registro nos antecedentes, o que pode afetar a vida civil e profissional do infrator.

Além disso, em acidentes com vítimas, o motorista pode ser responsabilizado civilmente, sendo obrigado a indenizar os danos materiais e morais causados.

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