Mais de 470 mil trabalhadores não sacaram PIS/Pasep de 2020

Mais de 470 mil trabalhadores não sacaram o benefício referente ao calendário de 2020. Mas ainda tem a possibilidade de poder sacar o PIS/Pasep até o final do ano.

Cerca de 478.724 trabalhadores ainda não fizeram o saque, com ao menos 125.624 que podem realizar o saque do PIS e mais 353.100 referentes ao Pasep.

Os pagamentos começaram no dia 8 de fevereiro, sendo que os beneficiários terão até o dia 29 de dezembro para retirarem os recursos do PIS/Pasep.

Segundo o Governo Federal, pelo menos 98% dos trabalhadores já realizaram o saque do benefício e até o dia 18 de abril, haviam sido pagos a quase 24 milhões de beneficiários.

Entenda a diferença do PIS para o Pasep

O PIS é pago pela Caixa Econômica Federal, com um total de 21.509.066 de benefícios pagos, com uma taxa de cobertura total de 99,4%. Já o Pasep, é fornecido pelo Banco do Brasil, pago para 2.350.289, com uma taxa de cobertura de 86,9%.

No caso do PIS, o valor pago chega a R$ 19,5 bilhões, contra os R$ 2,6 bilhões que já foram pagos para os beneficiários do Pasep. Isso totaliza R$ 22,1 bilhões em recursos, do total dos R$ 22,54 bilhões a serem pagos em referência ao calendário do ano-base de 2020.

Quem tem direito a receber?

Terá direito a receber o abono salarial quem recebeu em média de até dois salários mínimos mensais e com carteira assinada durante ao menos 30 dias, no ano-base em que estão sendo feitos os pagamentos. Assim como o FGTS, o dinheiro do PIS/Pasep é mais um dos benefícios da CLT.

Também é preciso estar inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos e estar com os dados atualizados pelo empregador. O calendário leva em consideração o mês de nascimento do trabalhador, sendo que para os trabalhadores da iniciativa privada é considerado o número final de inscrição, diferente dos servidores públicos.

O PIS é destinado para os trabalhadores da iniciativa privada e é pago diretamente na Caixa Econômica Federal. Já o Pasep é pago para os servidores públicos e seus pagamentos são feitos diretamente pelo Banco do Brasil.

Não terão direito a receber o abono salarial quem é empregado doméstico, assim como trabalhadores rurais empregados por pessoas físicas.