Paulo Guedes diz que encontrou solução para manter Auxílio de R$ 600

Em evento na cidade de São Paulo, Ministro da Economia disse que já sabe como manter o valor do Auxílio Brasil na casa dos R$ 600 no próximo ano

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a falar no final da última semana sobre a possibilidade de manutenção do valor de R$ 600 do Auxílio Brasil no ano de 2023. De acordo com o chefe da pasta econômica, o ideal seria taxar os mais ricos para que eles paguem pelo benefício dos vulneráveis.

“Nós já aprovamos na Câmara, o projeto de reforma tributária, um capítulo especial dele era que nós estamos tributando os super-ricos. São 60 mil pessoas que ganharam mais de R$ 300 bilhões e não pagaram Imposto de Renda. O sujeito não precisa ter vergonha de ser rico, agora tem que ter vergonha de não pagar imposto”, defendeu.

“Nós já tínhamos orçado um pagamento de pelo menos 15%, o que daria R$ 69 bilhões e, com isso, nós pagaríamos tranquilamente os R$ 52 bilhões desses R$ 200 a mais no Auxílio Brasil para garantir que ficam em R$ 600. Então, isso aí não causa perturbação nenhuma na nossa programação orçamentária”, afirmou.

“Nunca se transferiu tanta renda para os mais vulneráveis, para os brasileiros mais frágeis. São 54 milhões de brasileiros que estão recebendo três vezes mais do que recebiam antes da covid chegar aqui. Na época do Bolsa Família eram R$ 180, então nós estamos pagando três vezes mais”, completou o Ministro sobre o assunto.

Guedes não é o primeiro e certamente não será o último membro do Governo Federal a insistir na comparação entre o Auxílio Brasil e o seu antecessor, o Bolsa Família. Informações de bastidores apontam que este movimento faz parte de uma estratégia eleitoral para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) consiga conquistar mais votos.

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Paulo Guedes e a fome

Recentemente, Paulo Guedes criou mais uma polêmica ao dizer que os dados da fome no Brasil seriam uma mentira. Para o chefe da pasta econômica, os índices de fome no país teriam diminuído e não aumentado nos últimos anos.

“Isso são fatos econômicos, não adianta. A tática política é de barulho: 33 milhões de pessoas passando fome. É mentira, é falso. Não são esses os números”, disse Paulo Guedes. Ele deu a declaração enquanto participava de um evento do setor automotivo durante a manhã da última quarta-feira (21), na cidade de São Paulo.

“O consumo dos mais frágeis está garantido com a transferência de renda. Por isso, é impossível que tenha 33 milhões de pessoas passando fome. Elas estão recebendo três vezes mais do que recebiam antes. E mesmo que tenha tido inflação e aumento de preço, não multiplicou por três, então o poder de compra está mais do que preservado”, completou ele.

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