Pedidos de Auxílio-Desemprego nos EUA sobem acima do esperado

O número de norte-americanos que acabam de entrar com o pedido de seguro-desemprego vem aumentando mais do que o esperado, muito por conta do aperto das condições de trabalho nos Estados Unidos.

Os pedidos de auxílio-desemprego subiram de 19 mil para 200 mil em um dado ajustado sazonalmente, na semana que se encerrou no dia 30 de abril e foi informado pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos.

Uma série de economistas que foram consultados pela Agência Reuters comentaram que esperavam até 182 mil solicitações na última semana. Os pedidos não chegaram a 200 mil desde fevereiro, por conta da forte demanda por mão-de-obra.

Os dados do Governo mostraram que havia um recorde de até 11,5 milhões de vagas em aberto desde o último dia de março.

Empregadores estão tendo dificuldades para elevar os salários

Com esse iminente desequilíbrio no mercado de trabalho, os empregadores estão sendo forçados a aumentarem os salários, o que também contribui para o aumento da inflação nos Estados Unidos e que já chega a um nível muito próximo do que está ocorrendo aqui no Brasil.

Ainda assim, a facilidade para se obter um trabalho formal nos Estados Unidos é muito mais simples que no Brasil, justamente por existirem menos leis trabalhistas.

Taxa atual de desemprego nos Estados Unidos

Somente no mês de março, os Estados Unidos adicionaram mais de 431.000 empregos formais, o que mesmo com o aumento do número de pedidos de auxílio-desemprego registrados no mês de abril, contribuiu para que a taxa de desemprego no país caísse para 3,6%, de acordo com o Centro de Estatísticas Laborais.

Esse foi o menor valor desde fevereiro de 2020, quando havia chegado a 3,8%. Ainda assim, os ganhos de emprego ficaram abaixo do que os economistas projetavam, porém o mercado de trabalho aos poucos vai conseguindo se recuperar nos Estados Unidos, após períodos de lockdown.

A economia dos Estados Unidos está agora a 1,6 milhão de empregos abaixo de onde estava em fevereiro de 2020, que foi o período que antecedeu a pandemia.

Várias medidas do mercado de trabalho já estão em níveis do pré-pandemia, o que contribui para uma queda do seguro-desempregoe isso também reflete em aumento médio dos salários nos Estados Unidos, que ao contrário do Brasil está apresentando uma queda e isso nem se considera o dólar, mas sim em reais onde a queda também ocorre.