Programa Desenrola Brasil abre uma nova fase

Os débitos serão divididos em lotes conforme o tipo da dívida.

A segunda fase do Programa Desenrola Brasil, programa de renegociação de dívidas, previsto para começar na última semana do mês, deve ajudar a destravar o consumo no país no último trimestre do ano. 

Economistas avaliam que as renegociações devem trazer fôlego financeiro às famílias e facilitar a compra de bens duráveis (eletrodomésticos como geladeira, máquina de lavar, entre outros), mais sensíveis ao crédito. 

Segundo o Ministério da Fazenda, a segunda fase do programa atraiu mais de 900 empresas credoras que representam 86% das dívidas de até R$ 5 mil. 

Esta segunda etapa permitirá que consumidores com renda de até dois salários mínimos ou que estejam inscritos no Cadastro Único renegociem contas básicas, como luz e água, e débitos com varejistas. O programa vai até dezembro.

Duas Faixas de negociações

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  • Faixa 1: Devedores pessoas físicas com renda bruta mensal de até 2 (dois) salários mínimos ou que estejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
  • Faixa 2: Pessoas físicas, com dívidas financeiras negativadas até 31 de dezembro de 2022, e renda de até R$20.000,00. Os bancos oferecerão a possibilidade de renegociação de dívidas diretamente aos seus clientes pessoas físicas, por meio de seus canais próprios.

Queda na inadimplência

A primeira fase do programa de renegociação já trouxe uma melhora nos indicadores de inadimplência. Em sete semanas, os bancos renegociaram R$ 11,8 bilhões em dívidas e desnegativaram 6 milhões de registros de clientes que tinham pendência de até R$ 100.

Em julho, o número de inadimplentes teve a segunda queda consecutiva, algo que não ocorria desde junho de 2021. Cerca de 34 mil pessoas deixaram de fazer parte da estatística no mês levando o total de consumidores com contas em atraso recuar para 71,41 milhões, um patamar ainda elevado para o padrão brasileiro.

As dívidas dos brasileiros com bancos e cartões de crédito caíram de 31,1% do total em junho para 29,5% em julho. Foi o maior recuo nesse segmento desde janeiro de 2019.

O avanço da fase dois do Desenrola é uma das apostas do governo para estimular a economia no fim do ano. Isso porque saem de cena outras injeções de ânimo dadas ao longo do ano, como a desoneração de impostos sobre combustíveis e os descontos para compra de automóveis.

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