Pis esquecido pode virar reforço no caixa das empresas: veja como recuperar créditos
Créditos de Pis e Cofins esquecidos podem reforçar o caixa das empresas. Veja como recuperar valores e se preparar para a Reforma TributáriaMuitas empresas deixam dinheiro parado sem perceber. Com a chegada da Reforma Tributária a partir de 2026, os créditos de Pis e Cofins ganham ainda mais relevância e podem se transformar em uma verdadeira fonte de alívio financeiro para o caixa.
Esses valores aparecem porque boa parte das companhias paga mais tributos do que deveria, seja por excesso de cautela ou por falta de conhecimento da legislação.
O resultado é um acúmulo de créditos que podem ser compensados ou restituídos, mas que muitas vezes ficam esquecidos.
Como funcionam os créditos de Pis e Cofins?
Os tributos incidem sobre o faturamento, mas permitem o abatimento de despesas ligadas à atividade empresarial. Entre os principais exemplos estão:
- Compra de matérias-primas
- Gastos com energia elétrica
- Serviços terceirizados
- Custos de manutenção
Segundo o advogado Eliézer Marins, CEO da Marins Consultoria, a complexidade das normas faz com que muitas empresas deixem de usar esse recurso, criando um “ativo invisível”.
Resgates retroativos podem salvar o caixa
Em alguns casos, é possível recuperar valores pagos indevidamente nos últimos cinco anos. Isso significa reforçar o caixa da empresa sem necessidade de recorrer a empréstimos ou aumentar dívidas.
No entanto, o processo não é simples: exige auditoria detalhada, análise das decisões recentes dos tribunais e apoio técnico especializado para evitar falhas que possam gerar questionamentos fiscais.
Reforma Tributária muda as regras
Com o novo sistema, os créditos passam a ser automáticos para toda aquisição vinculada à atividade da empresa. Essa mudança elimina as interpretações subjetivas que hoje dificultam o aproveitamento dos valores.
Apesar disso, há pontos de atenção: fim de incentivos fiscais regionais, reestruturação de preços e risco de impacto no fluxo de caixa caso os créditos não sejam contabilizados corretamente.
A recomendação é iniciar já um planejamento tributário estratégico para garantir que a transição aconteça sem riscos e com máxima eficiência. Segundo Marins, isso pode significar tanto a redução de custos futuros quanto um fôlego imediato para o caixa.
O perigo de deixar o Pis de lado
Ignorar os créditos de Pis e Cofins pode significar abrir mão de valores que fariam diferença no caixa da empresa. Com o cenário de maior competitividade, cada centavo pode ser determinante para manter a saúde financeira.
Além disso, quem não se prepara para a Reforma Tributária corre o risco de enfrentar dificuldades no fluxo de caixa e até mesmo perder oportunidades de investimento. Antecipar a regularização evita surpresas e coloca a empresa em posição de vantagem frente ao novo modelo.