O futuro do Auxílio-gás passou a ser debatido oficialmente no Congresso Nacional. Parlamentares instalaram nesta terça-feira (4) a comissão mista que vai analisar a Medida Provisória 1.313/2025, responsável por substituir o modelo atual e criar o programa Gás do Povo.
A medida é tratada como prioridade pelo governo, que quer acelerar as discussões para garantir mudanças no benefício ainda este ano.
Senadores e deputados à frente da análise
O comando da comissão já está definido por acordo entre os integrantes. O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) foi escolhido presidente do colegiado.
A vice-presidência ficou com Carlos Zarattini (PT-SP) e o deputado federal Hugo Leal (PSD-RJ) assumiu a função de relator.
Eles serão os responsáveis por conduzir audiências públicas e construir o texto final que irá ao plenário.
Relatório deve sair em novembro
Após conversar com jornalistas, Hugo Leal afirmou que o relatório já está praticamente estruturado.
O calendário prevê uma audiência no próximo dia 12, quando será discutida a operacionalização do programa antes da apresentação da versão final.
A expectativa da comissão é concluir os trabalhos rapidamente, com entrega do parecer entre 25 e 26 de novembro.
Debate envolver o setor energético
De acordo com Nelsinho Trad, representantes do GLP (gás de cozinha) e do setor energético serão chamados para colaborar na construção da proposta. A intenção é que o novo formato do Auxílio-gás atenda a realidade das famílias beneficiadas e do mercado nacional.
A comissão mista agora dá o primeiro passo para definir os rumos do programa que substituirá o Auxílio-gás em todo o país. A decisão final, após a análise dos parlamentares, será determinante para milhões de brasileiros que dependem do benefício.
Além do Auxílio-gás
Além da reformulação do Auxílio-gás, o governo federal mantém outros programas voltados para a população em situação de vulnerabilidade social.
Entre os mais abrangentes está o Bolsa Família, que oferece pagamento mensal para famílias inscritas no Cadúnico, com foco especialmente em quem tem crianças, adolescentes e gestantes. Ele funciona como o principal suporte financeiro de milhões de brasileiros.
Outro benefício importante é o Benefício de Prestação Continuada (BPC), direcionado a pessoas idosas acima de 65 anos ou pessoas com deficiência que não possuem meios de sustento.
Esse auxílio garante mensalmente um salário mínimo para quem atende aos critérios de renda estabelecidos por lei.
Também são oferecidas ações específicas para proteção alimentar e assistência emergencial, a depender do momento e das necessidades identificadas pelas políticas públicas. Cada programa possui regras próprias, mas todos têm como objetivo reduzir desigualdades e assegurar direitos básicos.
Nesse contexto, a modernização de benefícios como o Auxílio-gás faz parte de uma agenda mais ampla de suporte às famílias que dependem do Estado para garantir alimentação, moradia e condições mínimas de sobrevivência.
A expectativa é que os diferentes programas continuem se complementando e ofereçam mais segurança para quem enfrenta dificuldades no dia a dia.