O Bolsa Família voltou ao centro do debate após uma fala de Wellington Dias gerar repercussão nas redes.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social esteve em Montes Claros, norte de Minas Gerais, e se envolveu em uma polêmica ao mencionar a Carteira de Trabalho ao lado do cartão do programa.
A declaração aconteceu durante o lançamento do programa Acredita no Primeiro Passo, na última segunda-feira (27). O trecho do discurso viralizou e gerou críticas de quem entendeu que o governo quer substituir o trabalho formal pelo benefício social.
Entenda o que o ministro do Bolsa Família disse
No evento, Wellington Dias conversava com o prefeito de Salinas, Kinca Dias (PDT). Durante a fala, o gestor municipal comentou sobre “no futuro, trocar a Carteira de Trabalho”. Foi quando o ministro completou com a expressão:
“Pelo cartão do Bolsa Família, porque saiu da pobreza.”
Kinca concluiu dizendo que esse seria o objetivo desejado.
Ministro afirma que houve mudança na ordem das frases
Após a repercussão, o ministro Wellington Dias afirmou à CNN que tudo se tratou de uma mudança na ordem do que costuma dizer em discursos. A equipe dele declarou que existe um mantra repetido pelo ministro:
“Trocar o cartão do Bolsa Família pela carteira de trabalho.”
Assim, a ideia defendida pela pasta é que as famílias conquistem renda própria e deixem o programa social. Em vídeo, Wellington reafirmou que o governo trabalha para que os beneficiários consigam emprego e empreender.
Prefeitura também se explica sobre o trecho
O prefeito de Salinas veio a público comentar a situação e alegou que parte das pessoas teria entendido tudo de forma distorcida.
Segundo ele, o objetivo seria justamente o oposto do que foi interpretado: que a população não dependa mais do Bolsa Família e consiga cada vez mais oportunidades de trabalho.
Entendendo o Bolsa Família
O Bolsa Família é voltado para famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza. Para ter acesso ao benefício, é necessário estar inscrito no Cadúnico e ter renda mensal por pessoa de até R$ 218.
O programa estabelece condicionalidades em áreas como saúde e educação, como vacinação das crianças e presença escolar mínima.
O valor pago pode variar conforme a composição familiar, mas existe um piso de R$ 600 por mês. Além disso, há adicionais para crianças de 0 a 6 anos, gestantes, nutrizes e jovens de 7 a 18 anos.
Os pagamentos são realizados pela Caixa Econômica Federal e a gestão fica sob responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social.
