quarta-feira,
24 de dezembro de 2025

Com inadimplência mínima, microcrédito do BB é oportunidade para quem está no CadÚnico

Com taxa de inadimplência de apenas 0,36%, Programa Acredita no Primeiro Passo injeta R$ 1,7 bilhão na economia

O acesso ao capital, historicamente uma das maiores barreiras para a população de baixa renda no Brasil, ganha um novo capítulo com a consolidação do microcrédito do Banco do Brasil direcionado aos inscritos no Cadastro Único (CadÚnico). 

Lançada como parte estratégica do Programa Acredita no Primeiro Passo, a iniciativa não apenas oferece recursos financeiros, mas propõe um modelo de “crédito orientado”, onde o dinheiro vem acompanhado de capacitação e suporte técnico para transformar pequenos projetos em negócios sustentáveis.

Diferente das linhas de crédito convencionais, que exigem garantias robustas e históricos bancários sólidos, esta modalidade foca no potencial de geração de renda. 

O resultado do primeiro ano de operação surpreende o mercado: mais de 190 mil famílias foram beneficiadas, movimentando R$ 1,7 bilhão.

O dado mais expressivo, contudo, reside na responsabilidade dos tomadores: o índice de inadimplência é de apenas 0,36%, desmistificando a ideia de que o crédito para a baixa renda representaria um risco elevado para as instituições financeiras.

Perfil do novo empreendedorismo

O programa estabelece recortes sociais claros para garantir que o recurso chegue aos grupos mais vulneráveis. Atualmente, o protagonismo é feminino: as mulheres detêm 68% das operações realizadas. Além delas, o foco estende-se a jovens, pessoas com deficiência e comunidades tradicionais, como quilombolas e ribeirinhos.

Para solicitar o crédito, o cidadão deve ter entre 16 e 65 anos e estar com os dados rigorosamente atualizados no CadÚnico. A estrutura do programa vai além do repasse monetário, oferecendo um ecossistema de apoio que inclui:

  • Juros Subsidiados: Taxas significativamente inferiores às do mercado tradicional.
  • Capacitação Profissional: Cursos gratuitos que preparam o beneficiário para gerir o fluxo de caixa e a operação do negócio.
  • Inserção de Mercado: Parcerias com grandes corporações que abrem portas para que esses pequenos empreendedores se tornem fornecedores ou acessem vagas no mercado formal.

Inclusão que vai além do empréstimo

A estratégia do Banco do Brasil, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), utiliza o crédito como o “primeiro passo” para a autonomia. 

Ao formalizar um pequeno negócio ou expandir uma atividade autônoma, o beneficiário do CadÚnico inicia um processo de saída gradual da dependência exclusiva de auxílios governamentais.

A rede de apoio é capilarizada, envolvendo não apenas as agências do Banco do Brasil, mas também o Banco do Nordeste, o Banco da Amazônia, cooperativas de crédito e as Salas do Empreendedor do Sebrae. 

Este último desempenha um papel fundamental na orientação técnica, garantindo que o investimento seja aplicado de forma a gerar o retorno esperado pelo núcleo familiar.

Como acessar

Para os interessados em converter o potencial empreendedor em realidade, o fluxo de solicitação foi simplificado para reduzir a burocracia:

  1. O primeiro requisito é o selo de regularidade no CadÚnico.
  2. Recomenda-se procurar uma Sala do Empreendedor ou agência bancária parceira para entender o plano de negócio.
  3. Após a aprovação e o recebimento do crédito, o empreendedor passa a contar com o monitoramento de profissionais especializados, assegurando que o capital cumpra sua função social e econômica.

Compartilhe:

Ana Lima
Ana Lima
Ana Lima é formada em Comunicação Social pela Universidade Estácio de Sá e já atua na profissão há mais de 30 anos. Já foi repórter, diagramadora e editora em jornais do interior e agora atua na mídia digital. Possui diversos cursos na área de jornalismo e já atuou na Câmara Municipal de Teresópolis como assessora de imprensa.

Notícias relacionadas

Mais lidas da semana

App O Trabalhador