Carro popular: a triste notícia para quem vive apenas com salário mínimo

Para quem precisa sobreviver apenas com um salário mínimo, a compra de um carro popular no Brasil hoje tende a ser uma tarefa dura
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Ou compra um carro, ou compra comida. Esta é uma opção obrigatória para boa parte dos brasileiros que vivem com um salário mínimo no Brasil hoje. Dados oficiais apontam que os automóveis mais baratos estão muito além do que a maioria dos trabalhadores brasileiros podem pagar nos dias atuais.

Salário mínimo

Milhões de cidadãos recebem por mês apenas o equivalente a um salário mínimo. De acordo com os dados atuais, o valor dos pagamentos mínimos é de R$ 1.320. Tal patamar foi elevado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva recentemente. Até abril, os cidadãos estavam recebendo R$ 1.302 por mês.

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Os carros populares

O Governo Lula também anunciou na última semana um projeto de barateamento dos carros. De acordo com o presidente, a ideia é fazer com que as pessoas mais pobres também consigam comprar os automóveis neste momento. Atualmente, o carro mais barato à venda o Brasil custa algo em torno dos R$ 68 mil.

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Considerando que o cidadão receba apenas R$ 1.320 de salário mínimo por mês, é possível afirmar que ele vai precisar gastar 50 meses completos para conseguir pagar o automóvel em questão. E isso considerando um cenário em que ele não use o dinheiro para mais nada, além de pagar as prestações do automóvel comprado.

O programa de barateamento

O programa de barateamento dos preços dos carros populares foi anunciado na última semana pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). De acordo com ele, a ideia do Governo é tomar uma série de medidas para fazer com que as montadoras tenham espaço para reduzir os preços dos veículos.

Entre as medidas está a redução de impostos federais como Pis/Cofins e IPI. Além disso, há também a ideia de pagar um subsídio para as montadoras. Ainda não há um prazo para o lançamento oficial do programa, mas o Governo vem afirmando que o barateamento não vai demorar muito.

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Alckmin lembrou ainda que a medida vai dar descontos que variam entre 1,5% e 10,79% e devem ocorrer apenas para os carros com preços menores do que R$ 120 mil.

“Acima de R$ 120 mil não tem nenhuma mudança, e a proposta de estímulo é transitória e para esse momento, que a indústria está com muita ociosidade. Leva em consideração algumas questões, a primeira é o carro acessível, hoje o carro mais barato é quase R$ 70 mil”, disse o vice-presidente.

“Vamos ter uma metodologia combinando o preço mais barato (dos carros mais populares), eficiência energética e densidade industrial, para colocar esse desconto no preço do veículo”, completou.

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