Dieese aponta aumento dos alimentos básicos

Segundo a Dieese, a coleta de preços foi realizada durante o mês de maio, de forma presencial nos estabelecimentos e com as equipes regionais

Um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o Dieese, mostrou que o valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em 11 das 17 capitais que fazem parte do estudo. O principal ponto de aumento foi em Porto Alegre, que teve uma elevação de valores de 3,33%.

Em seguida estão: Florianópolis, Campo Grande e Curitiba, com aumentos de, 2,50%, 2,15% e 2,04% respectivamente. Já nos recuos de custos estão: Belo Horizonte, com -2,71% e Salvador, com  -2,67%.

Segundo a Dieese, a coleta de preços foi realizada durante o mês de maio, de forma presencial nos estabelecimentos e com as equipes regionais.

“A percepção, ao longo da coleta de preços, é de que não houve desabastecimento na cidade, entretanto, algumas marcas ficaram ausentes/faltantes por conta de problemas de logística/distribuição, pois houve interrupção no tráfego de algumas rodovias e alagamentos nos estoques de distribuidoras e/ou caminhões.”

E continuou: “Em alguns estabelecimentos, havia aviso de limite de unidades por cliente, por exemplo, leite e arroz”.

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Vale lembrar que entre 2023 e 2024, apenas Goiânia apresentou redução, que chegou a 0,05% nos preços.

Salário mínimo precisaria ser de R$ 6.946,37

Com a pesquisa realizada, chega-se a conclusão de que o salário mínimo deveria ser de R$ 6.946,37, considerando a cesta mais cara, de São Paulo, que chegou a R$ 826,85. A estimativa do salário é baseada na manutenção de uma família com quatro pessoas, chegando a 4,92 vezes o mínimo pago atualmente, que é de R$ 1.412,00.

O estudo ainda mostrou que, para conseguir os produtos da cesta básica, foi necessária uma jornada de em média de 110 horas e 31 minutos, tendo uma redução em relação ao mês de maio de 2023, quando eram necessárias 113 horas e 19 minutos.

Vale lembrar que os brasileiros precisam custear os produtos alimentícios básicos, chegando a um gasto de 54,31%, contando com um aumento de 0,30% em relação ao mês passado.

O café contou com um aumento em todas as capitais consultadas, tendo a maior variação em Recife, com 9,66%.

Segundo o estudo, “As preocupações com os estoques globais de café, os problemas relacionados à safra do grão no Vietnã e o ritmo lento da colheita de café nas regiões brasileiras resultaram em aumento nas cotações internas do café moído”.

Além dele, o preço médio do arroz também teve aumento, chegando a impactar 15 capitais. O preço do leite, também teve aumento em 16 das 17 capitais, tendo oscilação principalmente em Porto Alegre, com alta de 12,41%.

No acúmulo do último ano, oito dos 13 produtos consultados da cesta básica estão mais caros. A batata é o principal, com aumento de 57,92%.

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