Governo vai cortar salário para economizar no orçamento? Veja o que é verdade

Se você costuma utilizar redes sociais com uma certa frequência, certamente já se deparou com alguma postagem falando sobre um possível corte nos valores do salário mínimo. De acordo com esses posts, o governo federal estaria analisando essa possibilidade para poder economizar no orçamento.

Mas afinal de contas, isso é verdade? O fato é que milhões de brasileiros estão preocupados nesse momento depois de uma declaração da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB). Entre outros pontos, ela disse que o governo estaria realmente estudando algumas medidas para tentar conter gastos públicos.

Salário mínimo será reduzido?

Não existe, no entanto, nenhuma indicação de que esses estudos mirem uma redução do valor pago no salário mínimo. De acordo com a própria Simone Tebet, o presidente Lula teria dito que não vai mexer na política de valorização desse piso.

O atual Plano de Valorização do Salário Mínimo garante que o aumento desse piso seja feito sempre com base na inflação do ano anterior e no Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Por esse sistema, os trabalhadores garantem sempre um aumento do poder de compra.

A discussão dentro do governo federal neste momento passa por um outro ponto: a vinculação do valor do salário mínimo a benefícios previdenciários e sociais que estão sendo pagos nesse momento.

“Eu e Haddad autorizamos a equipe a colocar propostas no papel. O segundo momento é fazer essas medidas chegarem à mesa do presidente Lula. Estamos otimistas de que esse pacote terá condições de avançar na mesa do presidente. Ideia é logo após o segundo turno conversar com o presidente Lula”, completou Tebet.

“Vamos cumprir a meta de 2024, a meta de 2025 e a de 2026. Estamos falando de qualidade do gasto público. No ano passado, olhamos pelo lado de fraudes. A primeira etapa foi feita e continua. A segunda etapa são medidas estruturantes, aquelas que a política permite”, concluiu.

Redução

Também é importante deixar claro que mesmo outro benefícios de caráter previdenciário e social, como o BPC, por exemplo, não correm o risco de passarem por reduções nos valores dos pagamentos.

A ideia do governo federal é apenas analisar o tamanho do aumento que será concedido aos trabalhadores. Em todos os cenários, eles seguirão com o direito de receber ao menos a reposição da inflação do ano anterior, o que garante que eles não percam o poder de compra.

Ainda não há uma data para que o presidente Lula analise as propostas da equipe econômica.