Ministra Simone Tebet dá notícia animadora para quem recebe salário mínimo
Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, concedeu entrevista ao Canal Gov na manhã desta quinta-feira (18)A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB) concedeu na manhã desta quinta-feira (18) uma entrevista ao canal GOV. Entre outros pontos, a ex-senadora voltou a falar sobre o processo de valorização do salário mínimo.
O Plano de Valorização do Salário Mínimo foi aprovado ainda no ano passado pelo congresso nacional, e sancionado pelo presidente Lula (PT). Este é o projeto que garante que os trabalhadores devem receber sempre um aumento real do piso.
O Plano prevê que a definição do salário mínimo deve seguir duas vertentes. São elas:
- a inflação do ano anterior;
- o Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
Por esse sistema, os trabalhadores poderão sempre ter aumento do poder de compra, segundo o Ministério da Fazenda.
O que disse Tebet
Na manhã dessa quinta-feira (18), Tebet disse que o maior programa social do Brasil é justamente essa valorização do salário mínimo acima da inflação.
A declaração anima trabalhadores que recebem um salário mínimo porque a equipe econômica do governo federal vinha sinalizando que poderia realizar cortes em uma série de programas sociais e previdenciários.
Com essa declaração, fica claro que não está nos planos do governo federal alterar o sistema de valorização do salário mínimo, que foi uma das principais promessas de campanha do presidente Lula nas eleições de 2022.
Além do salário mínimo
Recentemente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) anunciou que o governo federal deverá investir em um novo sistema de pente-fino, que poderá gerar uma economia de R$ 25 bilhões aos cofres públicos
Os cortes em questão serão realizados sobretudo em programas sociais e previdenciários. Bolsa Família, Auxílio-gás nacional, Benefício de Prestação Continuada (BPC), e o auxílio-doença, por exemplo, podem estar na mira.
Na entrevista concedida hoje, Tebet confirmou que o pente-fino vai existir. Contudo, ela indicou que a ideia é apenas retirar dos programas, as pessoas que estariam recebendo de maneira indevida.
“Quando falamos do Bolsa Família, estávamos passando por pandemia em que liberamos o cadastro. Da pandemia pra cá, Brasil cresceu e estamos com empregos recordes. Isso significa que muita gente que precisava do Bolsa não precisa mais, fizemos filtro e conseguimos economizar R$ 12 bi”, afirmou a ministra.
“O Brasil não pode gastar mais do que arrecada. Se ele gasta mais do que arrecada, quem paga a conta, inclusive, são os mais pobres, porque você não passa credibilidade e segurança de que o país vai cumprir os seus compromissos no futuro, os juros sobem muito, impacta dólar, impacta bolsa”, completou a ministra.