Preço do almoço subiu mais que o salário mínimo; entenda números

Pesquisa revela que o aumento no preço do almoço fora de casa foi mais significativo do que a elevação do salário mínimo nos últimos anos
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Você costuma almoçar fora de casa? Se sim, certamente já sentiu que a comida está mais salgada, e não estamos necessariamente falando da quantidade de sal. Uma pesquisa conduzida pela empresa Ticket revelou que, nos últimos anos, o preço médio desse tipo de serviço vem aumentando.

Segundo o levantamento, o preço médio do almoço fora de casa passou de R$ 34,62 em 2019, para R$ 51,61 em 2024. Estamos falando, portanto, de um aumento de 49%.

É possível dizer, portanto, que o preço o almoço fora de casa subiu mais do que o salário mínimo nos últimos 5 anos. Nesse mesmo meio tempo, o valor do piso subiu de R$ 998 para R$ 1412. Estamos falando, portanto, de uma elevação de 41%, ou seja, menos do que o aumento do almoço. 

A pesquisa

De acordo com a pesquisa, para chegar ao valor da refeição, a empresa considerou os preços médios do prato principal, mais a bebida, mais a sobremesa, e também o cafezinho. Foram levados em consideração os valores cobrados por cerca de 4,5 mil restaurantes em todo o país.

Atualmente, o almoço mais caro do Brasil está na região sudeste, onde o custo médio para almoçar está na casa dos R$ 54,54. O mais barato é encontrado no centro-oeste: R$ 45,21.

O Plano Nacional de Valorização do salário

Desde o ano passado, o governo federal vem optando por conceder um aumento real aos trabalhadores quando o assunto é salário mínimo. Para tanto, o Congresso Nacional aprovou o Plano Nacional de valorização.

Por este sistema, o governo federal passa a ser obrigado a considerar no processo de definição do salário mínimo dois pontos. São eles:

  •  a inflação do ano anterior;
  •  o Produto Interno Bruto (PIB)de dois anos antes.

Elevar o salário mínimo de maneira real foi uma das principais promessas de campanha do presidente Lula nas eleições de 2022. Para o ano de 2025, o plano de orçamento que será enviado pelo governo federal ao congresso nacional deverá indicar que o piso vai subir dos atuais R$ 1.412 para R$ 1.509. 

Vale lembrar que a elevação do salário mínimo impacta não apenas os trabalhadores ativos, mas também os aposentados, pensionistas e outros beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por exemplo. 

Por lei, as aposentadorias, pensões e auxílios do INSS precisam ser de, no mínimo, um salário mínimo. Assim, se o piso vai subir para R$ 1.509 em 2025, esse também será o valor base para o pagamento das aposentadorias previdenciárias. Esta elevação do valor, no entanto, ainda precisa ser aprovada pelo congresso nacional.

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