Salário mínimo de São Paulo é reajustado
A proposta já recebeu aprovação na Alesp e modifica os valores mínimos de remuneração para categorias profissionaisA partir da próxima terça-feira, dia 1º, o salário mínimo no Estado de São Paulo será ajustado para R$ 1.804,00.
O governador Tarcísio de Freitas comunicou em junho sobre a aprovação da lei 18.153/2025, que estipula um aumento de 10% no novo piso salarial paulista, que atualmente (dia 26) é de R$ 1.604,00, representando um ganho real de cerca de 5% acima da inflação.
A proposta já recebeu aprovação na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e modifica os valores mínimos de remuneração para categorias profissionais que não possuem um piso salarial estabelecido, conforme informado pelo órgão.
Adicionalmente, durante a tramitação, o legislativo incorporou os cuidadores de pessoas com deficiência entre os profissionais que têm direito ao mínimo estabelecido em São Paulo, totalizando 70 categorias de trabalhadores abrangidas pela legislação.
Salário mínimo
Cada Estado brasileiro tem a autonomia para fixar o valor do seu piso salarial, desde que não seja inferior ao estipulado pelo governo federal. Atualmente, o salário mínimo no Brasil está em R$ 1.518,00, o que representa um aumento de R$ 106,00 em relação ao ano de 2024, que era de R$ 1.412,00.
Em 2025, alguns estados ainda manterão salários mínimos regionais que ultrapassam o piso federal, com valores que variam conforme as categorias profissionais ou faixas econômicas.
Essas remunerações estaduais visam garantir que os trabalhadores recebam um salário mais condizente com a realidade econômica local e o custo de vida na região.
Em São Paulo, existe um salário mínimo estadual fixo de R$ 1.804,00, aplicável às categorias profissionais definidas pela legislação local, conforme dados do portal oficial do governo.
No Rio de Janeiro, o salário mínimo é dividido em seis faixas, com valores que mudam conforme a atividade profissional. A primeira faixa é de R$ 1.238,11, enquanto a segunda é de R$ 1.283,73.
A terceira faixa é de R$ 1.375,01, a quarta faixa é de R$ 1.665,93, a quinta faixa alcança R$ 2.512,59, e a sexta chega a R$ 3.158,96, segundo a legislação da Assembleia Legislativa do Estado.
O Rio Grande do Sul também opta por faixas salariais. A primeira faixa está fixada em R$ 1.789,04, a segunda em R$ 1.830,23, a terceira em R$ 1.871,75, a quarta em R$ 1.945,67, e a quinta atinge R$ 2.267,21, conforme informações do portal do governo gaúcho.
No Paraná, as faixas variam entre R$ 1.984,16 (primeira faixa) e R$ 2.275,36 (quarta faixa), de acordo com o site oficial do governo estadual.
Santa Catarina apresenta um piso regional que varia de R$ 1.730,00 (primeira faixa) a R$ 1.978,00 (quarta faixa), conforme dados fornecidos pela Federação das Indústrias do Estado.
Viver com o salário mínimo em São Paulo
Será necessário fazer escolhas rigorosas para cobrir as despesas essenciais. Para habitação, o valor de R$ 1.518 limita as opções a imóveis menores, como repúblicas ou kits em áreas afastadas do centro.
Compartilhar despesas com colegas de quarto é uma prática comum para manter o orçamento equilibrado.
Os gastos com alimentação representam uma fração significativa da renda. De acordo com informações coletadas em janeiro de 2025 pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o custo médio da cesta básica em São Paulo é de R$ 852,00.
Essa quantia implica que mais da metade do salário seria afetada apenas com a compra de alimentos essenciais. Para reduzir os gastos, muitas pessoas optam por frequentar feiras livres, realizar compras em atacado e organizar suas refeições com antecedência.