Salário mínimo em 2025: o valor que poderia ter sido maior e o que travou o aumento

Novo piso nacional começou a ser pago em fevereiro e já impacta benefícios como aposentadorias e programas sociais
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O salário mínimo de 2025 já está no bolso dos trabalhadores brasileiros. Atualizado para R$ 1.518, o valor passou a ser creditado na conta dos empregados pela primeira vez em fevereiro, mês em que os contracheques começaram a refletir o reajuste.

Apesar de válido desde janeiro, o novo piso só apareceu nos pagamentos porque os salários geralmente são depositados no mês seguinte à prestação do serviço.

Valor do salário poderia ter sido maior

Pelas regras anteriores, o cálculo do mínimo considerava a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) somada ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). 

Se essa fórmula tivesse sido mantida, o piso nacional teria subido para R$ 1.525, um pouco acima do valor atual.

Porém, o governo aplicou uma nova metodologia, que inclui um teto para o avanço dos gastos públicos: as despesas só podem crescer até 2,5% ao ano. 

Mesmo que o PIB registre alta maior — como os 3,2% recentes —, o reajuste fica limitado por esse freio fiscal. A decisão visa equilibrar as contas públicas em um cenário de contenção orçamentária.

Por que o salário mínimo importa tanto?

O piso nacional vai muito além do contracheque de quem recebe o valor mínimo. Ele serve como referência para:

  • Aposentadorias e benefícios pagos pelo INSS
  • Programas assistenciais
  • Cálculo de diversos direitos trabalhistas

Com isso, qualquer aumento no mínimo tem impacto direto nos cofres públicos e na vida de milhões de brasileiros. 

O governo, por sua vez, procura evitar reajustes maiores para não comprometer o equilíbrio fiscal, principalmente em momentos em que há esforço para conter despesas.

Impacto do INSS

O reajuste do salário mínimo em 2025 já começou a ser sentido por quem depende dos pagamentos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)

Isso porque o valor do piso nacional serve como base para a correção dos benefícios previdenciários mais baixos, como aposentadorias, pensões e auxílios assistenciais. 

A partir de fevereiro, o novo mínimo passou a ser o valor pago a quem recebe benefícios equivalentes ao piso, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Além do impacto direto nos contracheques, o aumento influencia o cálculo do abono salarial, do seguro-desemprego e de diversos outros direitos atrelados ao valor mínimo legal. 

Por isso, mesmo um reajuste aparentemente pequeno acaba movimentando bilhões de reais no orçamento público e gerando efeitos em cadeia na economia, sobretudo nas regiões onde a maior parte da população depende do piso para sobreviver.

E você? o que acha do novo valor do salário mínimo?

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