Salário mínimo: Ministro ainda não garante novo aumento

Em entrevista, Ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT) disse que ainda não tem como garantir que o salário mínimo vai aumentar do atual patamar de R$ 1.302
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O novo Ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT) disse em entrevista na última semana que não tem como garantir um novo aumento do salário mínimo para este ano. O valor já foi elevado de R$ 1.212 para R$ 1.302 este ano, o que já representa um aumento real.

Contudo, os R$ 1.302 ainda estão abaixo do que estava sendo indicado pelo novo governo. No final do ano passado, o Congresso Nacional aprovou a proposta de orçamento para 2023 com a indicação de elevação para a casa dos R$ 1.320. Nada disso saiu do papel ainda.

“Não está garantido que vai mudar de R$ 1.302. Pode ser que a gente chegue a conclusão que tenha a necessidade desse valor o ano todo. O que está garantido é que terá uma política de valorização do salário mínimo e haverá o esforço da possibilidade, se assim houver, de mudança a partir de maio”, disse ele.

“O mercado conhece o presidente Lula, sabe de sua responsabilidade e do seu compromisso de cuidar dos mais necessitados, mas sem ignorar os indicadores e a necessidade de cuidar do agronegócio, da pequena, média e grande indústria”, concluiu o Ministro.

Política de salário mínimo

No início da última semana, o presidente Lula assinou um despacho se comprometendo a apresentar uma nova proposta de política de valorização do salário mínimo. Ainda não há detalhes oficiais sobre este documento, mas alguns detalhes já estão sendo vazados.

Na manhã desta terça-feira (24), Marinho participou de uma entrevista na emissora Globo News, e deu a sua impressão sobre o assunto. De acordo com ele, a nova proposta vai indicar que o valor do salário precisa subir todos os anos com base na inflação e no Produto Interno Bruto (PIB).

“Seguramente será a inflação mais o crescimento da economia”, disse o Ministro. “O que pode ser discutido é se vai ser o crescimento da média na média dos cinco anos, ou dos três anos como era na regra anterior”, disse o Ministro.

“Não há até aqui nenhuma intenção colocada à mesa. Nós ainda vamos discutir. Tem gente que pode trazer eventuais novas sugestões. Eu simplificaria e retomaria pura e simplesmente a regra anterior (usada nos governos do PT)”, disse o Ministro.

“A gente constrói negociação e diálogo entre as partes. Se você se propõe a construir, você não pode definir. Mas a minha sugestão é simplesmente retomar a regra anterior e com o tempo a gente poderia saber se pode acelerar ou desacelerar esta regra a partir dos indicadores da economia.

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