Tebet dá notícia animadora para quem recebe um salário mínimo

A Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB) disse em conversa com jornalistas nesta segunda-feira (17) que o salário mínimo será reajustado acima da inflação em 2024. A declaração indica que o valor terá um aumento real a partir do próximo ano.

“Não há a menor chance de o presidente não dar aumento do salário mínimo. O presidente não vai descumprir uma promessa de campanha. O aumento vai ser real. O quanto (de aumento) vai depender da aprovação do arcabouço, de incremento de receitas de um lado e corte de gastos do outro”, disse Tebet.

A declaração da Ministra ocorre alguns dias depois do envio do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) ao Congresso Nacional no final da última semana.

O documento em questão trás uma indicação de aumento de salário dos atuais R$ 1.302 para R$ 1.389. Caso este reajuste se confirmasse, estaríamos falando de uma elevação baseada apenas na inflação, ou seja, sem elevação real.

O plano de orçamento do Governo Federal pode ser alterado pelo Congresso Nacional a qualquer momento. Assim, mesmo que o valor indicado por Tebet nesta semana não indique uma elevação real, o saldo poderá ser alterado no decorrer do ano de 2023 pelos parlamentares do Senado Federal ou mesmo da Câmara dos Deputados.

Promessa de Lula

Indicar um aumento real do salário mínimo foi uma das principais promessas de Lula nas eleições do ano passado. Durante o pleito, o petista criticou a gestão do seu adversário Jair Bolsonaro (PL) por não conceder a elevação real do valor em nenhum ano do seu mandato.

Hoje, o salário mínimo pago pelo Governo é de R$ 1.302, o que já representa um aumento real em relação aos R$ 1.212 que eram pagos até o ano passado. Lula vem dizendo também que vai elevar o patamar para R$ 1.320 a partir do dia 1º de maio deste ano.

O que é o aumento real do salário

Quando um governo decide elevar um salário mínimo de maneira real. isso indica que o patamar vai subir de uma maneira mais forte do que o aumento dos produtos e serviços (inflação). Na prática, o trabalhador vai ter um aumento no seu poder de compra.

Centrais Sindicais já prepararam um documento em que indicam que o governo precisa não apenas bancar o aumento real, como também pagar um compensação extra nos próximos anos. Ainda não se sabe se o Ministério da Fazenda vai aceitar este tipo de manobra. O presidente Lula ainda deverá analisar os possíveis cenários.