Tebet volta atrás e toma importante decisão sobre o salário mínimo

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB) deu uma declaração que animou o trabalhadores brasileiros nessa terça-feira (23). A ex-senadora voltou a falar sobre a situação do salário mínimo para o próximo ano de 2025.

De acordo com o Tebet, a única forma de reduzir a desigualdade social no país, é assegurar que o valor do salário mínimo suba sempre mais do que a inflação. Essa também foi uma das principais promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Tebet deu essa declaração durante um evento paralelo do G20 que está ocorrendo no Rio de Janeiro. A reunião em questão tinha como tema a erradicação da pobreza e da fome no mundo inteiro.

“A única forma que podemos reduzir desigualdade social: garantir que o salário mínimo não suba apenas com a inflação, mas suba acima da inflação”, disse Tebet.

“Essa é a prioridade da nossa equipe econômica, do Ministério da Fazenda e do Ministério do Orçamento: que o salário mínimo sempre cresça acima da inflação”, disse a ministra. 

“Se vai ser inflação mais o PIB, inflação mais 1%, inflação mais 2%, eu não estou discutindo. Isso já está precificado. O presidente já determinou, é inflação mais PIB.

O que isso quer dizer

Com essa declaração, a ministra do Planejamento e Orçamento volta atrás na ideia de desvincular Previdência Social e salário mínimo. Esse foi um tema que ela discutiu com muita força nos últimos meses.

Atualmente, salário mínimo e Previdência são vinculados. Isso quer dizer que quando um sobe, o outro precisa subir em um mesmo patamar. Neste momento, por exemplo, salário mínimo e Previdência possuem uma base de R$ 1.412.

Atualmente, o governo federal segue o Plano Nacional de Valorização do salário mínimo. Este sistema indica que o governo deve sempre considerar dois fatores na hora de definir o valor do salário mínimo:

•  a inflação do ano anterior;
•  o Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.

Bloqueios x salário mínimo

Mesmo que o governo admita que não vai mais desvincular previdência e salário mínimo, o fato é que alguns cortes devem acontecer. Nessa semana, o Ministério da Fazenda confirmou que vai trabalhar em um super corte de R$ 15 bilhões de reais no orçamento.

Ainda não se sabe quais são as áreas que serão afetadas por esse novo corte. Informações de bastidores indicam que o presidente Lula teria pedido informalmente que os bloqueios não atinjam os programas sociais.

De todo modo, o governo só vai detalhar os cortes dentro de mais algumas semanas.