terça-feira,
28 de outubro de 2025

FGTS: governo recupera R$ 1,4 bilhão e libera valores esquecidos

Maior recuperação da história do FGTS devolve R$ 1,4 bilhão a trabalhadores em 2025. PGFN centraliza cobranças, fecha acordo da Varig e acelera repasses corrigidos

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Muitos trabalhadores passam anos sem saber que têm dinheiro esquecido no FGTS, enquanto empresas acumulam dívidas e deixam de fazer os depósitos obrigatórios. 

Em 2025, esse cenário começou a mudar de forma histórica. O governo federal confirmou a maior recuperação de valores do FGTS já registrada no país, com bilhões retornando às contas dos empregados.

Segundo dados da PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional), R$ 1,4 bilhão foi recuperado até agosto, superando o total de 2024 e ultrapassando a meta anual estabelecida. 

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A quantia se refere a depósitos que as empresas tinham obrigação de repassar ao FGTS, mas não fizeram.

FGTS: recuperação histórica e crédito direto ao trabalhador

De acordo com a PGFN, toda empresa que tenta regularizar dívidas tributárias precisa incluir também os débitos do FGTS, já que os acordos só são aprovados quando contemplam as pendências trabalhistas.

Quando a dívida é quitada:

  • o dinheiro volta para o Fundo;
  • os valores são corrigidos;
  • O crédito é feito automaticamente nas contas individuais do trabalhador.

Essa regra vale mesmo quando a dívida é antiga, garantindo que os depósitos esquecidos sejam recuperados com juros e correção monetária.

Caso Varig: uma das maiores dívidas do FGTS chega ao fim

Um dos episódios mais simbólicos dessa recuperação envolve a Varig. A antiga companhia aérea, que faliu há cerca de 15 anos, acumulou um rombo bilionário no FGTS e deixou milhares de trabalhadores sem receber os valores devidos.

Em agosto, a PGFN firmou um acordo com a massa falida da empresa e o pagamento integral da dívida foi finalmente concluído, encerrando uma disputa judicial que se arrastava por mais de uma década. Ex-funcionários foram diretamente beneficiados com o depósito.

Como o governo está recuperando os valores do FGTS

A PGFN atua em três frentes principais para recuperar o dinheiro do trabalhador:

  • execução fiscal
  • pagamentos voluntários
  • acordos de transação

Essas negociações permitem que empresas em situação financeira complicada paguem seus débitos com descontos e prazos maiores, desde que se comprometam a não gerar novas pendências.

O órgão também prepara novas medidas de cobrança, como inscrição automática no Cadin e integração com outros bancos de dados, para acelerar o repasse ao Fundo.

Cobrança centralizada e resultados mais rápidos

Desde 2024, a PGFN passou a ser a única responsável pela cobrança judicial e administrativa das dívidas do FGTS — função que antes era dividida com a Caixa.

Com isso, o governo ampliou o volume recuperado utilizando:

  • cruzamento de dados com a Receita Federal;
  • cobrança digital;
  • negociações mais rápidas.

O trabalhador, por sua vez, mantém o direito de receber o que é seu, podendo consultar os valores pelo aplicativo ou site da Caixa.

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Aécio de Paula
Aécio de Paula
Jornalista formado pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e pós-graduado em Direitos Humanos pela mesma instituição. Atua na produção, edição e apuração de conteúdos sobre política, economia, sociedade e cultura, com experiência em redações e portais de notícia.

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