A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, anunciou no sábado (8) que o governo ativou a Caixa Econômica Federal para acelerar a liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para os trabalhadores impactados pelo tornado devastador que atingiu o Paraná na sexta-feira (7).
Ela também destacou que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi acionado e está implementando medidas para oferecer suporte aos beneficiários, além de criar novos auxílios.
Atualmente, o FGTS já dispõe da modalidade de Saque Calamidade, que permite ao trabalhador retirar uma parte do fundo se residir em áreas afetadas por desastres naturais.
Para isso, a situação de calamidade deve ser oficialmente reconhecida pelo governo federal e a localidade habilitada junto à Caixa.
Reconstrução
Gleisi chegou à cidade no início da tarde, onde, conforme as estimativas da Defesa Civil, 90% da infraestrutura urbana foi danificada por ventos de até 250 quilômetros por hora.
O tornado foi classificado pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) como de nível F3.
A ministra informou que houve diálogos entre os governos municipal, estadual e federal para coordenar as ações de recuperação. Ela ressaltou que há recursos federais prontos para serem utilizados na aquisição de materiais que atenderão os feridos e, principalmente, para a construção.
Simultaneamente, o governo convocou a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) para ajudar no atendimento aos afetados.
De acordo com dados oficiais do governo estadual, seis pessoas perderam a vida devido ao tornado, sendo cinco em Rio Bonito do Iguaçu e uma em Guarapuava. Equipes de saúde prestaram atendimento a mais de 750 feridos.
Desabrigados
Em um levantamento inicial, a Defesa Civil registrou 1 mil pessoas desalojadas, que foram forçadas a deixar suas residências para se refugiar com familiares ou amigos, além de 28 desabrigadas, que não têm onde ficar.
O governo do Paraná estabeleceu um abrigo na Casa de Líderes, localizada no município vizinho de Laranjeiras do Sul, com capacidade imediata para 80 pessoas.
Em Rio Bonito do Iguaçu, foram organizadas estruturas temporárias para a triagem e o cadastramento das pessoas afetadas, além de um centro de alimentação e outro para atendimento a idosos.