O Microempreendedor Individual (MEI) se destaca não apenas como o maior movimento global de formalização de negócios, mas também como uma via de realização para aqueles que decidem se aventurar no empreendedorismo. Essa perspectiva é corroborada por um novo estudo finalizado pelo Sebrae, intitulado Sondagem Econômica MEI.
O levantamento, correspondente ao terceiro trimestre do ano, revela que a vasta maioria dos microempreendedores do Brasil, independentemente do setor em que atuam, expressa satisfação ou alta satisfação com suas experiências empresariais.
A maioria dos entrevistados considera sua vivência como satisfatória ou muito satisfatória, com percentuais variando entre 64% e 67%, conforme o setor.
Os microempreendedores que oferecem serviços se destacam entre os mais satisfeitos, apresentando 52,5% de satisfação e 14% de alta satisfação. Apenas cerca de 10% relatam estar insatisfeitos ou muito insatisfeitos.
Além disso, a pesquisa identifica um grupo de aproximadamente 24% que, embora não se considere satisfeito, também não se classifica como insatisfeito.
MEIs
Entre todos os segmentos analisados, a liberdade de atuação é o aspecto mais valorizado pelos MEIs, com percentuais oscilando entre 48,1% e 55,4%. A simplicidade, a possibilidade de acessar benefícios e a emissão de Nota Fiscal também se destacam como prioridades, com variações setoriais mais sutis.
A autonomia no trabalho representa, em todo o Brasil, o principal benefício de ser MEI, sendo uma unanimidade entre as diversas regiões, com índices que vão de 48,7% a 57,8%. No entanto, a importância dos outros fatores de satisfação pode variar conforme a localidade.
Para os empreendedores da região Nordeste, ter acesso a benefícios previdenciários é o segundo aspecto mais relevante, enquanto para os que estão nas regiões Norte e Centro-Oeste, este ponto ocupa a quinta posição.
Os principais aspectos negativos identificados incluem as dificuldades em obter crédito (44,1% no Nordeste; 39,2% no Norte e Centro-Oeste) e a instabilidade financeira (32,7% no Sudeste). Outros pontos significativos são a escassez de orientação (27,8% no Norte e Centro-Oeste) e a falta de direitos trabalhistas (21,3% no Sudeste; 18,1% no Sul).
A criação da figura do MEI facilitou o processo para que trabalhadores informais se tornassem empreendedores formalizados, assegurando acesso a direitos e benefícios sociais, como aposentadoria, auxílio-doença e seguro-maternidade.
Além disso, a formalização como MEI permite que as empresas emitam notas fiscais, acessem linhas de crédito e serviços financeiros, façam vendas para o governo e tenham maior poder de negociação, o que contribui para dinamizar a economia do país.
Em todas as regiões, a maioria dos MEIs se declara satisfeita com sua experiência, sendo que as regiões Norte e Centro-Oeste evidenciam o maior índice de aprovação, com 70,7%. As avaliações positivas variam entre 64,2% e 65,6% nas regiões Sudeste, Nordeste e Sul.
