O número de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos voltou a crescer na última semana, acendendo um alerta sobre os movimentos do mercado de trabalho americano, e até mesmo sobre decisões do governo federal.
Segundo o Departamento do Trabalho, 223 mil pessoas deram entrada no benefício na semana passada, um aumento de 4 mil solicitações em relação à semana anterior.
Além de indicar uma leve piora no curto prazo, o dado também está acima do volume registrado no mesmo período do ano passado, quando 212 mil pedidos haviam sido contabilizados.
Entretanto, apesar do avanço pontual, a média das últimas quatro semanas permaneceu estável em 223 mil, o que ajuda a reduzir o peso de uma única oscilação.
O retrato do seguro-desemprego nos Estados Unidos
Para ajudar a entender o cenário econômico dos Estados Unidos neste momento a partir dos dados do seguro-desemprego no Brasil, é preciso saber que:
- 1,85 milhão de pessoas estão atualmente recebendo o benefício nos EUA;
- Esse contingente representa 1,2% dos trabalhadores com direito ao seguro;
- A taxa geral caiu 0,1 ponto percentual, já que 1,89 milhão de pessoas estavam amparadas na semana retrasada.
E o que Elon Musk tem a ver com isso
Um dado que chamou atenção nos bastidores foi a inclusão dos cortes federais promovidos pelo bilionário Elon Musk, agora à frente do Departamento de Eficiência Governamental no governo de Donald Trump.
É justamente essa política de enxugamento da máquina pública que começou a aparecer nas estatísticas:
- 508 ex-funcionários federais deram entrada no seguro-desemprego na semana encerrada em 29 de março;
- No total, 7.719 ex-servidores federais já estão recebendo o benefício.
Os números demonstram que decisões administrativas e políticas também têm potencial de impactar diretamente o mercado de trabalho e os números do seguro-desemprego.
Por que dados do seguro-desemprego dos EUA são importantes para o Brasil?
Aí você pode se perguntar: o que interessa ao Brasil saber os números dos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos? Acredite, este dado pode mudar a sua vida orçamentária.
Os dados do seguro desemprego dos EUA têm potencial de mexer nas decisões do Federal Reserve, equivalente ao Banco Central, dos Estados Unidos.
Se o mercado de trabalho norte-americano tem bom desempenho, o FR tende a não reduzir os juros básicos da maior economia do planeta, e isso tem impacto no valor do dólar no mundo todo, inclusive no Brasil
Quanto mais alto forem os juros básicos em uma economia forte, mais ocorre a fuga de capitais de países emergentes, como é o caso do Brasil
Estes recursos acabam migrando para os títulos do Tesouro dos EUA, que são considerados os investimentos mais seguros do planeta, e isso faz o dólar subir por aqui.
Em resumo, o número do seguro-desemprego nos Estados Unidos tem potencial de mexer no preço do seu pão.
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