Os pedidos iniciais de seguro-desemprego nos Estados Unidos voltaram a cair na semana encerrada em 29 de novembro.
O movimento contrariou as previsões do mercado e marcou o ponto mais baixo desde setembro de 2022, segundo dados oficiais divulgados nesta quinta-feira (4).
O relatório mostra que a demanda por auxílio caiu muito mais do que o esperado, indicando que o mercado de trabalho americano segue resistente, mesmo com a expectativa de desaceleração econômica.
O Departamento do Trabalho informou que o volume de solicitações somou 191 mil, abaixo da leitura revisada da semana anterior, que havia sido de 216 mil.
O número também ficou distante da projeção feita por analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que estimavam 220 mil novos pedidos.
Queda forte também aparece nas médias móveis
Além da baixa semanal, a tendência mais longa também mostrou recuo. A média móvel de quatro semanas caiu 9,5 mil pedidos em relação ao dado revisado do período anterior, chegando a 214,75 mil solicitações.
Os pedidos continuados, referentes à semana encerrada em 22 de novembro, totalizaram 1,939 milhão, uma queda de 4 mil registros sobre a leitura anterior. A média móvel de quatro semanas também acompanhou o movimento, recuando para 1.945.250 pedidos, contra 1.951.500 na última atualização.
As leituras reforçam o ritmo ainda aquecido do mercado de trabalho americano, que segue registrando níveis historicamente baixos de solicitações de seguro-desemprego.
Como esses números impactam o seu bolso
As oscilações no seguro-desemprego dos Estados Unidos costumam influenciar o mercado financeiro global. Quando os pedidos caem, como ocorreu na última leitura, investidores interpretam o movimento como sinal de economia forte, o que pode mexer no preço do dólar e nos índices internacionais.
Para o Brasil, isso significa possíveis impactos no câmbio, nos juros futuros e até no comportamento da Bolsa. Mesmo quem não acompanha de perto o mercado sente reflexos indiretos no dia a dia, especialmente em produtos importados, combustíveis e negociações envolvendo comércio internacional.
Como funciona o seguro-desemprego no Brasil
No Brasil, o seguro-desemprego é um benefício temporário pago ao trabalhador formal que foi demitido sem justa causa. O objetivo é garantir uma renda mínima enquanto a pessoa busca recolocação no mercado.
O número de parcelas varia conforme o tempo de serviço e o histórico do trabalhador, e o valor é calculado a partir da média salarial dos últimos meses.
O pedido é feito após a demissão, seguindo prazos estabelecidos pelo governo. Embora seja diferente do modelo americano, a função é semelhante: oferecer suporte financeiro em um período de instabilidade.