Auxílio Brasil: oposição questiona momento do aumento no programa

Embora maioria da oposição tenha votado pelo aumento no Auxílio Brasil, parlamentares questionaram o momento da elevação de valores

O Governo Federal se prepara neste momento para colocar em prática todas as mudanças previstas na chamada PEC dos Benefícios. O texto, que já foi aprovado pelo Congresso Nacional, aplica uma série de alterações em benefícios sociais, tais como o aumento no valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 e do vale-gás de R$53 para R$ 120.

No Congresso Nacional, a maioria dos parlamentares de oposição votou pela aprovação da PEC que garante o aumento nos valores dos programas. Contudo, boa parte dos opositores ainda critica a maneira como o procedimento foi realizado. Alguns deputados e senadores, por exemplo, afirmam que a elevação dos saldos foi tardia.

É o caso, por exemplo, do deputado federal André Janones (Avante-MG). Em entrevista para o jornal O Estado de Minas, ele criticou o texto. “(A expansão do auxílio) é uma medida eleitoreira, populista e que não se sustenta”, disse o parlamentar que é pré-candidato ao cargo de presidente e ficou conhecido por falar sobre o Auxílio nas redes sociais.

“É uma compra de votos dissimulada, mas nem por isso havia clima, possibilidade e condições para que eu ou qualquer outro parlamentar votasse contra. Tenho feito a minha parte para que não aconteça de isso ser utilizado de forma criminosa para influenciar no voto do eleitor. É o temor de todos nós”, completou o parlamentar.

Outro ponto criticado pelos parlamentares é a questão do poder de compra do Auxílio Brasil. Com base nos dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), os R$600 do programa de 2022 não serão suficientes para comprar tudo o que se comprava no Auxílio Emergencial de R$ 600 em 2020.

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O que muda no Auxílio Brasil?

Na prática, a PEC dos Benefícios aplica uma série de mudanças nos pagamentos do Auxílio Brasil. Como dito, a primeira alteração é no valor da liberação. Ao invés de receber R$ 400 mínimos por mês, os indivíduos receberão R$ 600.

Além disso, o texto também prevê alterações no número de usuários do programa. Hoje, dados do Ministério da Cidadania, apontam que pouco mais de 18 milhões recebem o benefício. A partir de agosto, a expectativa é de que o patamar suba para mais de 20 milhões.

Logo depois da aprovação da PEC dos Benefícios, o Governo Federal também prevê mudanças no calendário de pagamentos do Auxílio Brasil. A partir de agosto, os repasses acontecerão sempre na primeira quinzena de cada mês.

Na manhã desta segunda-feira (25), o Ministério da Cidadania publicou uma instrução normativa que prevê os repasses do Auxílio Brasil em agosto entre os dias 9 e 22. Não é necessário se inscrever para fazer parte do programa social. Basta manter o Cadúnico atualizado para ter chances de entrada.

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