Cadúnico: capitais registram mutirão para tentar diminuir filas

Diante da alta procura pelo Cadúnico, grandes cidades começam a se mexer para tentar acomodar mais pessoas para os atendimentos
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Nas últimas semanas, a tarefa de ir pessoalmente até uma sede municipal do Cadúnico não tem sido fácil. Este é um fato visível nas maiores cidades do país. De norte a sul, filas e mais filas fazem voltas em quarteirões inteiros. Pessoas querem atualizar ou entrar pela primeira vez no sistema que abre caminho para o recebimento de auxílios sociais.

Em Porto Alegre, por exemplo, a situação começou a sair do controle. Diante da alta procura, órgãos da prefeitura local decidiram fazer mais mutirões para tentar resolver os problemas do maior número possível de pessoas. Na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS), localizada na avenida João Pessoa, muita gente vem chegando cedo.

Entretanto, boa parte delas não conseguiu ser atendida nesta última quarta-feira (27). A mesma lógica também é vista no Recife. Na capital pernambucana, a sede central do Cadúnico registra uma alta procura de forma contínua nas últimas semanas. A situação fez com que o poder municipal decidisse mudar o local de atendimento.

A prefeitura informou que o novo local de atendimento fica no antigo prédio da Faculdade Fama, na Avenida Cruz Cabugá. Antes, as pessoas tinham que se dirigir até a Rua do Imperador, no centro da cidade para fazer as consultas. O local não estava conseguindo mais comportar a quantidade de cidadãos que precisavam de ajuda.

O aumento na procura por informações no Cadúnico percebido em cidades como Recife e Porto Alegre, faz parte de um fenômeno nacional. Cada vez mais pessoas querem fazer parte de programas sociais do Governo Federal, sobretudo neste momento em que o Planalto anunciou o aumento no valor dos pagamentos.

A fila de espera no Cadúnico

Recentemente, o Congresso Nacional aprovou a polêmica PEC dos Benefícios. Entre outros pontos, o documento estabelece que os repasses do Auxílio Brasil serão elevados de R$ 400 para R$ 600 já a partir deste mês de agosto.

Ao todo, o Ministério da Cidadania indica que pouco mais de 20 milhões de brasileiros receberão os R$ 600 do programa. Isso significa, portanto, um aumento de 2 milhões em relação ao número de usuários registrado agora em julho.

Contudo, projeções da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) indicam que o Governo Federal não conseguirá zerar a fila de espera. A instituição indica que o país tem quase 3 milhões de pessoas esperando por uma vaga.

A tendência, aliás, é de que a situação piore neste segundo semestre. De acordo com informações de bastidores, técnicos do Ministério da Cidadania já admitem que a fila de espera por uma vaga poderá crescer no decorrer deste ano.

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