PT traça estratégia para conter avanço de Bolsonaro com aumento do Auxílio

PT avalia que Bolsonaro crescerá com aumento do Auxílio Brasil. Por isso, partido traça estratégia para conter avanço

Entre os aliados do Partido dos Trabalhadores (PT), uma avaliação é unânime: o presidente Jair Bolsonaro (PL) conseguirá crescer nas pesquisas com o aumento no valor do Auxílio Brasil. Para tentar reverter a situação, o partido do ex-presidente Lula (PT) já traçou uma estratégia para tentar se precaver dos possíveis danos.

Nesta semana, o marqueteiro da campanha do petista, Sidônio Palmeira, apresentou uma peça publicitária de 8 segundos que vai ao ar durante a campanha presidencial na TV. Nela, o PT chama atenção para aquilo que define como “caráter eleitoreiro” do aumento. O vídeo passou pela aprovação do próprio presidente Lula.

A peça em questão lembra, entre outros pontos, que o aumento do valor do Auxílio Brasil já tem data para acabar. De acordo com o texto oficial da PEC dos Benefícios, o projeto de R$ 600 só tem validade até dezembro deste ano. A campanha publicitária petista afirma que Lula manterá o depósito neste nível caso seja eleito.

Além disso, a peça também cita que o presidente Bolsonaro só aprovou o aumento do Auxílio para R$ 600 em um período mais próximo das eleições. De acordo com o vídeo, membros da oposição sempre quiseram elevar o valor para este patamar, mas não conseguiram justamente porque Bolsonaro não permitia tal manobra.

O presidente não vem comentando as críticas de que o aumento no valor do Auxílio Brasil teria um caráter eleitoral. Entretanto, ele já vem dizendo em declarações recentes, que poderá manter o saldo na casa dos R$ 600 também para o ano de 2023, caso seja reeleito nas eleições presidenciais deste ano.

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Estratégia de duas frentes com Auxílio

Dentro do PT, a avaliação é de que o presidente pode ganhar alguns votos com o aumento no valor do Auxílio Brasil, mas também pode perder outros ao dar declarações polêmicas contra o sistema eleitoral brasileiro.

Nas últimas semanas, o chefe de estado voltou a forçar a narrativa de que o sistema das urnas eletrônicas é falho e que as eleições poderiam ser fraudadas. Bolsonaro chegou a dizer que apresentaria provas, mas depois reconheceu que não tinha nenhuma.

“(O aumento do auxílio) vai ter impacto, vai alterar (o quadro eleitoral), estamos contabilizando isso. Em paralelo a isso, tem movimento pró a democracia que pode ter um apoio no voto útil”, disse o senador Randolfe Rodrigues, que é um dos coordenadores da campanha de Lula.

O petista e o atual presidente lideram a corrida presidencial segundo todas as principais pesquisas eleitorais do país. A diferença, no entanto, ainda parece ser sólida à favor de Lula, mesmo depois da aprovação do texto que define a elevação no valor do Auxílio Brasil

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