Auxílio Brasil: fila de espera para o programa está zerada?

Presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer que a fila de espera para o Auxilio Brasil está oficialmente zerada. Veja o que se sabe

O presidente Jair Bolsonaro (PL) deu uma declaração polêmica nesta semana. Em entrevista para um podcast, ele questionou os dados da fome no Brasil, e indicou que ninguém pede comida em padaria. A frase viralizou nas redes sociais. De todo modo, um outro ponto chamou atenção: a fila de espera para o Auxílio Brasil.

De acordo com o presidente Jair Bolsonaro mais de 20 milhões de pessoas estão aptas ao recebimento do Auxílio Brasil neste momento. Pela visão dele, ao entrar no programa os indivíduos não passam mais fome. E mesmo quem não recebe, pode simplesmente fazer uma inscrição para entrar na lista.

“Se eu falar para vocês não tem fome no Brasil, amanhã o pessoal me esculacha na imprensa. Mas eles não sabem a realidade se existe gente faminta no Brasil ou não. O que a gente pode dizer, se for em qualquer padaria aqui não tem ninguém ali pedindo para você comprar um pão para ele, isso não existe”, disse ele.

“Eu falando isso eu estou perdendo votos, mas a verdade você não pode deixar de dizer. Quem por ventura está no mapa da fome pode se cadastrar, vai receber, não tem fila o Auxílio Brasil. São 20 milhões de famílias”, completou ele durante a entrevista para um podcast.

De fato, a fila de espera para o Auxílio Brasil está zerada hoje. Ao menos de acordo com o Ministério da Cidadania, pouco mais de 2,2 milhões de brasileiros entraram na lista do Governo Federal no último mês de agosto. A pasta afirma que o montante foi suficiente para zerar a lista. Contra isto, não se discute.

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Dados da fila de espera

Contudo, a declaração do presidente pode confundir por outras questões. A fila de espera para um programa social se forma quando o número de pessoas aptas ao recebimento do benefício é menor do que a quantidade de vagas disponíveis.

No caso específico do Auxílio Brasil, a fila de espera já chegou a ser zerada no último mês de janeiro, quando mais de 3 milhões de cidadãos entraram no programa de uma só vez. Entretanto, a lista voltou a se formar logo depois.

Dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e do Ministério da Cidadania, apontam que entre os meses de fevereiro e julho, a fila de espera voltou a se formar, e desta vez em uma velocidade maior.

Aliados do próprio Governo Federal afirmam que é provável que o fenômeno se repita. Assim, mesmo que a fila tenha sido zerada em agosto, ela já pode voltar em setembro, o que significa dizer que não basta se inscrever para receber o benefício. É preciso esperar pela seleção do Ministério da Cidadania.

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