Após ataque hacker, Cadúnico volta a funcionar no Rio de Janeiro

Depois do retorno, várias sedes do CRAS e do Cadúnico no Rio de Janeiro registraram longas filas nas últimas horas

No Rio de Janeiro, o sistema do Cadúnico voltou a funcionar na tarde desta terça-feira (6). A informação foi confirmada pela prefeitura da cidade. O procedimento estava fora do ar por causa de um ataque hacker que atingiu os servidores da gestão municipal. Depois do retorno, sedes do CRAS amanheceram com filas.

Ainda segundo a prefeitura do Rio, o atendimento para o sistema do Cadúnico foi oficialmente retomado em todas as 47 unidades do CRAS da capital carioca. Informações da imprensa local dão conta de que as filas se formaram em quase todas elas. Na unidade de Guaratiba, por exemplo, a espera começou ainda no final da madrugada.

“Como todos os equipamentos usados para as inscrições no Cadúnico ficaram inutilizados, em caráter de emergência a Secretaria de Assistência Social alugou 200 computadores para reiniciar o atendimento aos que procuram programas federais de transferência de renda”, disse a prefeitura por meio de uma nota.

“Por causa das limitações impostas pelo número de máquinas, neste reinício, cada Cras terá a capacidade de atender 60 pessoas diariamente”, adiantou a prefeitura. É provável que neste momento inicial de retorno, alguns indivíduos se frustrem tendo que voltar para casa sem conseguir o atendimento necessário.

Para tentar atender ao menos a maior parte desta demanda inicial, a prefeitura anunciou que vai abrir oito polos especiais de cadastramento. Eles poderão funcionar em dois sábados, nos dias 17 e 24 de setembro, justamente nas áreas em que há uma maior demanda. De todo modo, a prefeitura ainda não anunciou quais seriam.

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O Cadúnico

O Cadúnico é uma espécie de lista do Governo Federal que reúne os nomes das pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social. São cidadãos que precisam de alguma ajuda do estado para conseguir sobreviver.

Embora a lista seja oficialmente do Governo Federal, o processo de entrada no registro é de responsabilidade das prefeituras. Isso porque se entende que as gestões municipais estão mais próximas da realidade da carência no país.

A simples entrada no Cadúnico não garante automaticamente o recebimento de nenhum benefício social. O cidadão apenas entra em uma espécie de lista de observação, e de fato passa a ter mais chances de seleção.

Boa parte dos principais projetos sociais do Governo Federal usam o Cadúnico com lista base para seleção de usuários. São os casos, por exemplo, do Auxílio Brasil, do vale-gás nacional, do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e da Tarifa Social de Energia Elétrica.

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