Auxílio Brasil: mães solteiras receberão valor dobrado em agosto?

Daqui a mais algumas semanas, o Governo Federal iniciará o seu primeiro pagamento do Auxílio Brasil já com o adicional de R$ 200 para os usuários do programa. Assim, a expectativa é de que todas as pessoas recebam, ao menos, R$ 600 por mês. Os repasses turbinados acontecem já a partir do mês de agosto.

Até lá, muitas dúvidas de usuários devem surgir. Uma das principais questões gira em torno da situação das mães solo. Afinal de contas, elas poderão receber o benefício dobrado de R$ 1,2 mil por mês? De acordo com o Ministério da Cidadania, a resposta é não. As mulheres que se identificam como mães solo não terão este tipo de privilégio.

A pasta responsável pelos pagamentos do benefício explica que a ideia de aumentar o valor do Auxílio Brasil não altera o princípio de equidade nos repasses. Assim, não importa se o cidadão é homem, mulher, casado, tenha filhos ou não. O fato é que todos eles recebem, ao menos, R$ 600 independente de qualquer situação.

O valor pode até passar desta base de pagamentos, mas isso não acontece por causa do gênero do cidadão, e sim por causa da soma dos saldos dos benefícios internos do programa. De todo modo, seria quase impossível chegar a um patamar dobrado do programa. O mais natural é que todos os valores girem sempre em torno dos R$ 600.

A dúvida em torno da questão do patamar dobrado existe porque durante os pagamentos do Auxílio Emergencial, ainda em 2020, as mães solo receberam o valor duplicado.

Nos primeiros cinco meses, a maioria dos cidadãos recebia R$ 600, por exemplo. Ao mesmo passo, as mulheres que criavam filhos sozinhas tinham o direito de receber R$ 1,2 mil. No entanto, o fenômeno não deve se repetir.

Mães solo

Há uma preocupação específica com o grupo formado pelas mães solo no país. Segundo dados de pesquisas, as mulheres que precisam cuidar sozinhas dos seus filhos, acabam tendo mais dificuldades para conseguir renda.

Afinal de contas, se entende que elas precisam de tempo integral para cuidar da criança. Dessa forma, sobraria pouco espaço para conseguir um emprego. Além disso, as que conseguem procurar algo para trabalhar, normalmente têm mais dificuldades para conseguir o trabalho.

Em boa parte dos casos, os patrões não aceitam o contrato com mulheres que estejam cuidando de crianças. Na maioria das vezes, o argumento é de que elas acabariam deixando o trabalho de lado justamente por causa da falta de tempo.

Auxílio retroativo

Neste mês de julho, o Governo Federal segue com os pagamentos do retroativo de até R$ 3 mil. No entanto, as mães solo não estão entre as beneficiárias. Conforme informações do Ministério da Cidadania, o foco desta vez está justamente nos pais solteiros.