PEC dos Benefícios ainda gera críticas da oposição
Mesmo após aprovação, PEC dos Benefícios ainda causa polêmica entre opositores do presidente Jair Bolsonaro (PL)A PEC dos Benefícios já foi aprovada na Câmara dos Deputados, no Senado Federal e promulgada pelo Congresso Nacional. No entanto, mesmo depois da concretização da ideia, o texto ainda gera polêmica por parte dos opositores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que seguem apontando críticas no documento oficial.
O maior partido de oposição do país, o PT, segue criticando aquilo que chama de “caráter eleitoral” da PEC. Em entrevista recente para a emissora CNN Brasil, a presidente do partido, Gleisi Hoffmann disse que o documento tem “cunho eleitoral”. O ex-presidente Lula (PT) tem apresentado discursos com este mesmo teor.
Entretanto, não é apenas o PT que critica a PEC dos Benefícios. Outros opositores que estão disputando o cargo da presidência também seguem a mesma linha. São os casos, por exemplo, dos presidenciáveis Ciro Gomes (PDT) e André Janones (Avante). Ambos já disseram que o documento teria um “caráter eleitoral”.
Por “caráter eleitoral”, os opositores querem dizer que o Governo Federal apresentou o projeto neste momento apenas por causa da proximidade das eleições, que estão marcadas para outubro próximo. O presidente Jair Bolsonaro deverá disputar a reeleição. Em tese, as mudanças promovidas pela PEC perdem a validade em dezembro.
Além da crítica de que o PEC seria fruto de um interesse eleitoral, agremiações políticas de direita dizem que o Governo estaria cometendo um crime ao “desrespeitar as regras orçamentárias do país”, notadamente o teto de gastos públicos.
O partido Novo, por exemplo, planeja entrar com mais uma ação contra o documento no Supremo Tribunal Federal (STF).
O que é a PEC dos Benefícios
A PEC dos Benefícios é um texto que libera R$ 41 bilhões para o Governo Federal em pleno ano eleitoral. O documento prevê que o Palácio do Planalto use o montante para turbinar os seus programas sociais de transferência de renda.
Com a aprovação do texto, o valor mínimo dos pagamentos do Auxílio Brasil passará dos atuais R$ 400 para R$ 600 a partir de agosto. Além disso, há a previsão de aumento no número de usuários em mais de 2 milhões.
Segundo as informações do Governo Federal, a aprovação da PEC também permitirá o aumento nos valores do vale-gás nacional. O programa que pagava uma média de R$ 50 até o último mês de junho, terá o patamar dobrado.
A PEC dos Benefícios também permitirá que o Governo Federal crie projetos do zero, como o Pix Caminhoneiro e o auxílio-taxista. Ambos os programas farão pagamentos de R$ 1 mil já a partir do próximo mês de agosto.