Maioria acredita que Lula é quem vai manter Auxílio em R$ 600, diz pesquisa

No duelo de narrativas, o ex-presidente Lula (PT) tem conseguido conquistar mais eleitores que recebem o dinheiro do Auxílio Brasil

Quem vai conseguir manter o Auxílio Brasil no valor de R$ 600 em 2023? De acordo com a maioria do eleitorado, a resposta é Lula. Ao menos é o que indica uma nova pesquisa do instituto Quaest, que foi oficialmente divulgada nesta quarta-feira (7). A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Segundo o levantamento, quando perguntados sobre quem tem mais legitimidade para manter o Auxílio Brasil no valor de R$ 600, 39% responderam que é Lula. Do outro lado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi a resposta para 34% dos eleitores. A pesquisa levou em consideração apenas o público que recebe o benefício.

O mesmo levantamento mostrou ainda que Bolsonaro é visto pela maioria como o pai deste programa social. Estima-se que 60% dos eleitores usuários do Auxílio Brasil afirmem que ele é o responsável pelos pagamentos. Por outro lado, 65% dizem que ele só resolveu fazer as liberações por causa das eleições.

“Essa análise é importante porque reforça a tese de que o Auxílio não está dando o efeito esperado porque foi percebido como manobra eleitoral e porque Lula é visto como quem tem mais legitimidade para manter o Auxílio no patamar atual”, disse o presidente do instituto Quaest, Felipe Nunes, em entrevista.

O instituto também perguntou aos eleitores as intenções de voto para as eleições deste ano. Entre os cidadãos que recebem o Auxílio Brasil, o ex-presidente Lula oscilou positivamente de 54% para 55%. Já o presidente Jair Bolsonaro apresentou um crescimento de quatro pontos e foi de 25% para 29%. A distância ainda é considerada grande.

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O Auxílio Brasil

O Auxílio Brasil é um programa social criado pelo Governo Federal para substituir o antigo Bolsa Família. Na avaliação da campanha do presidente Bolsonaro, o benefício anterior estava mais ligado ao ex-presidente Lula.

Além da mudança de nome, o governo atual também confirmou uma alteração de valor. Inicialmente, os pagamentos saíram de uma média de R$ 189 para um patamar mínimo de R$ 400 por família. Agora, o projeto paga R$ 600 mínimos.

O número de usuários também aumentou. Em outubro do ano passado, o Bolsa Família chegou ao fim atendendo pouco mais de 14 milhões de pessoas. Hoje, o Auxílio Brasil atende mais de 20 milhões de brasileiros.

Seja como for, mesmo com todas as mudanças, a avaliação interna da campanha de Bolsonaro é de que o presidente ainda não colheu os frutos eleitorais das elevações. Parte dos aliados do PL ainda apostam em uma melhora nas próximas semanas.

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