Paulo Guedes diz que Auxílio tirou pessoas das ruas

Ministro da Economia rasgou elogios ao sistema econômico do governo Bolsonaro, e disse que o Auxílio Brasil impediu que pessoas vendessem água nos sinais

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta segunda-feira (26), durante um evento em Salvador, na Bahia, que o Auxílio Brasil do Governo Federal teria tirado as pessoas das ruas. Segundo o chefe da pasta econômica, ninguém mais vê um cidadão vendendo água nos sinais ou em um estádio de futebol.

“Desenhamos os programas sociais juntos. Preservamos 11 milhões de empregos. Lançamos uma camada de proteção para 68 milhões de brasileiros, para que puderem sobreviver. Não tem mais ninguém nos sinais vendendo água, nos estádios de futebol. Por que isso? Auxílio Brasil é o nome”, defendeu Guedes.

“Todo mundo está com dinheiro para viver. Não é nem sobreviver, é viver mesmo. Já a classe média está gerando emprego e renda”, falou o Ministro da Economia. Em entrevista na última semana, o chefe da pasta econômica chamou de mentirosos os dados que apontam que mais de 33 milhões de brasileiros passam por algum grau de fome no país hoje.

“As exportações estão voando, passamos de meio trilhão. O Brasil é uma potencia digital, ambiental, energética, alimentar. Não dependemos de nada, só temos que trabalhar. O Brasil recebe 6 bilhões de turistas por ano. Somos uma das cinco economias mais fortes do mundo”, seguiu o Ministro da Economia.

“Foram 30 anos de economia fechada, nós vamos abrir. Nosso presidente não é populista, é popular. Ele anda no meio do povo, quer saber como estão se sentindo. Se vocês acreditarem no futuro e investirem, o mundo é muito melhor. O Brasil é uma grande nação e o nosso presidente carrega esse espírito”, completou ele.

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Auxílio Brasil

A relação entre o Ministro da Economia, Paulo Guedes, e o Auxílio Brasil tem muitas idas e vindas nos últimos anos. O Ministro, que hoje elogia o benefício social, já foi publicamente contra os pagamentos de um aumento para o projeto.

Ainda no final do ano passado, quando o Governo Federal discutia o valor das liberações do programa social, Guedes chegou a indicar que o ideal seria um pagamento mínimo de R$ 300 por família. Aliados disseram que o país poderia quebrar caso o valor subisse para R$ 400.

Mesmo diante das críticas de Guedes, a ala política mais ligada ao presidente Jair Bolsonaro (PL) conseguiu convencer o Governo a elevar o valor para a casa dos R$ 400. Depois da decisão, uma série de quadros do Ministério da Economia pediram demissão.

Segundo informações de bastidores, o próprio Paulo Guedes, cogitou a possibilidade de pedir demissão. No dia em que faria o anúncio, o presidente Jair Bolsonaro fez uma visita fora da agenda e o Ministro anunciou que permaneceria no cargo. Desde então, as falas do chefe da pasta econômica não costumam divergir das que são ditas por Bolsonaro.

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