Bolsa Família: 104 mil que solicitaram o consignado foram excluídos
De acordo com reportagem do portal Uol, pouco mais de 104 mil pessoas que solicitaram o consignado foram excluídos do programa Bolsa Família no último mêsO Governo Federal excluiu mais de 1,4 milhão de pessoas do Bolsa Família no decorrer das últimas semanas. Entre os excluídos, estima-se que pouco mais de 104 mil famílias tenham solicitado o consignado do antigo Auxílio Brasil e ainda estavam pagando pela quitação do crédito.
Esta é uma informação que preocupa ainda mais estas famílias. Isso porque mesmo que estas pessoas tenham sido excluídas do programa social, o fato é que o contrato do consignado não é extinto. Assim, esses cidadãos seguirão tendo que pagar o saldo que foi solicitado no empréstimo.
Caso o indivíduo não pague o montante com o dinheiro do próprio bolso, o nome do cidadão entra no sistema de inadimplência. Trata-se basicamente do mesmo processo que acontece com qualquer cidadão que não paga o empréstimo.
Consignado do Auxílio
O consignado do Auxílio Brasil foi lançado ainda pelo Governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no final do ano passado. A ideia geral é que o cidadão que faz parte do programa possa solicitar o dinheiro junto a uma instituição financeira. Logo depois, ele precisaria quitar a dívida na forma de descontos mensais nas parcelas do benefício.
Segundo as regras gerais, o usuário do Bolsa Família que solicita o crédito e depois é excluído do programa por algum motivo, precisa seguir pagando o empréstimo. Contudo, desta vez não mais através de descontos, mas com o dinheiro do próprio bolso.
Mudanças no consignado
Em decisão recente, o Ministério do Desenvolvimento Social decidiu alterar uma série de regras no sistema do consignado do Bolsa Família. A margem consignável, por exemplo, saiu de 40% para apenas 5% ao mês.
Além disso, o tempo para pagamento saiu de dois anos para apenas seis meses. Por fim, eles também alteraram a taxa de juros máxima de 3,5% para 2,5% ao mês.
Depois destas mudanças, a Caixa Econômica Federal decidiu se retirar da linha. A presidente do banco, Rita Serrano, indicou que seria injusto manter a liberação de um crédito para um público humilde como é o caso dos cidadãos que recebem o Bolsa Família.
De todo modo, mesmo que a Caixa tenha tomado esta decisão, o fato é que os contratos que já tinham sido firmados anteriormente seguem valendo normalmente.
As condições de taxa de juros, de margem consignável e de tempo para pagamento também não mudam e são as mesmas que foram estabelecidas no momento da assinatura do contrato. Apenas as novas solicitações obedecem as novas regras.