Assédio moral no trabalho: o que é como agir nestes momentos
O trabalhador deve procurar seus direitos e denunciar o que está ocorrendoTer um emprego e projetar planos para o futuro é o desejo de muitos brasileiros nos dias de hoje. No entanto, muitos empregadores ultrapassam o limite do bom senso no convívio do ambiente de trabalho.
Como isso ocorre? Atribuir apelidos ao colaborador, exigir o cumprimento de tarefas humilhantes, retirar cargo ou função sem justo motivo são exemplos recorrentes de assédio moral no trabalho.
Essas práticas, por vezes, passam despercebidas no dia a dia profissional, entretanto é importante que o trabalhador fique atento aos seus direitos, a fim de preservar sua saúde e dignidade.
Poucos sabem, mas não somente o empregador ou o superior hierárquico podem gerar situações de assédio. Há casos em que os próprios colaboradores são os responsáveis pelo constrangimento e humilhação de outros membros no ambiente de trabalho.
Por essa razão, é importante que tanto o trabalhador como o empresário fiquem atentos às suas condutas para que não reproduzam ou negligenciem essas práticas abusivas.
O que é assédio moral?
O assédio moral é toda conduta abusiva e repetitiva direcionada a determinado indivíduo, manifestando-se por comportamentos, palavras, atos, gestos ou escritos de cunho ofensivo e constrangedor à vítima.
No ambiente de trabalho, a humilhação repetitiva e de longa duração interfere negativamente na vida do profissional, comprometendo suas relações interpessoais, sua produtividade e dignidade, além de gerar sérios prejuízos a sua saúde física e mental.
Para que o assédio seja caracterizado, as condutas abusivas devem ocorrer repetidamente, por tempo prolongado, e com a intenção de prejudicar emocionalmente a vítima.
Atitudes que caracterizam o assédio moral no trabalho:
- Gritar ou falar de forma desrespeitosa;
- Sobrecarregar o colaborador com tarefas e jornadas exaustivas, principalmente como forma de punição;
- Retirar o trabalho que habitualmente competia ao colaborador executar, provocando a sensação de inutilidade e de incompetência;
- Ameaçar o colaborador, tanto de forma direta quanto indireta;
- Atribuir apelidos pejorativos.
Como agir nessa situação?
Primeiramente, é importante que a vítima detalhe todo ocorrido, anotando data, horário e local, bem como o nome do e a posição hierárquica do assediador. Buscar ajuda de outros colaboradores que já sofreram o mesmo assédio ou testemunharam o fato também é de suma importância.
Permite-se as gravações telefônicas, desde que a vítima participe do evento em registro. Além disso, é fundamental que o colaborador comunique a situação à ouvidoria ou ao setor responsável, para que a empresa possa adotar determinada postura, a fim de reprimir as condutas abusivas.