INSS promete reduzir ainda mais tempo de espera para perícia médica

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deve trabalhar para reduzir ainda mais o tempo de espera para a realização da perícia médica. Este período de espera já está sendo reduzido, e caiu de 71 dias em agosto para 49 dias em novembro.

Agora, a expectativa do governo federal é reduzir ainda mais estes números. O Instituto acredita que poderá fazer com que todos os pedidos sejam atendidos dentro de um prazo de, no máximo, um mês. Esta meta poderia ser alcançada em março de 2024.

A promessa do INSS

Ao menos esta é a promessa feita pelo secretário do Regime Geral da Previdência Social, Adroaldo da Cunha. Ele falou sobre o assunto nesta semana, e frisou que existem diferentes médias de espera para os diferentes contextos do país.

“Com uma média de 49 dias, eu tenho metade da população esperando por menos tempo do que isso. Mas eu ainda tenho lugares no Brasil que o tempo é cem dias. Só que o retrato, há 45 dias, era de um tempo de 200 dias. Ou seja, a gente entrou num ritmo de queda significativo”, afirma.

“Isso significa que, nos próximos dois, três meses, no máximo em março, todo mundo no Brasil que tiver que fazer perícia médica vai fazer dentro do mesmo mês”, afirma. Nas contas de Adroaldo da Cunha, a fila do INSS pode fechar o ano em 800 mil”, completou ele.

Atestemed

Vale lembrar que recentemente o Ministério da Previdência lançou o chamado Atestemed. Trata-se de um sistema que concede benefícios por incapacidade temporária por meio de documentações, ou seja, sem a necessidade da presença do trabalhador em uma consulta com um perito médico.

Segundo o Ministério, o número de benefícios concedidos por meio do Atestemed saltou 22,69% em 2023, em comparação com os números do ano anterior. O balanço em questão leva em conta os números registrados entre os meses de janeiro e novembro deste ano.

“O segurado cai e quebra um osso que leva de 30 a 45 dias para calcificar. O médico que o atendeu no SUS ou na rede privada avalia quanto tempo ele precisará de afastamento e dá o atestado com X dias”, exemplificou o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.

“O que tem acontecido? Esse segurado vai marcar a perícia médica, que em algumas regiões leva mais tempo para ser feita do que o período que o atestado cobre. Quando ele chega para ser atendido na perícia o médico vai ver somente os documentos porque a fratura já está calcificada. Ou seja, basicamente o mesmo trâmite do Atestmed”, completou ele.