Lula toma “decisão humanitária” sobre futuro do salário mínimo; confira

Em entrevista, presidente Lula disse que pretende tomar "decisão humanitária" sobre o futuro da definição do salário mínimo no Brasil
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a ser questionado nesta segunda-feira (1) sobre a proposta de desvinculação do salário mínimo. Esta é a medida que prevê separar os valores do piso e dos benefícios previdenciários pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Assim como na semana passada, Lula voltou a frisar que a medida não será adotada em seu governo, e que o sistema de correção do salário mínimo e da previdência seguirá o mesmo, ou seja, com aumento real para quem recebe.

“Decisão humanitária” sobre salário

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Lula argumentou nesta entrevista concedida à Rádio Princesa, da Bahia, que a desvinculação do salário mínimo seria uma medida incorreta do “ponto de vista econômico, político e humanitário”

“Eu não faço isso porque não é correto do ponto de vista econômico, político e humanitário tentar jogar a culpa de qualquer ajuste que você quer fazer em cima do mínimo”, disse o presidente ao ser questionado sobre o assunto.

“O mínimo é aquilo que está estabelecido por lei (…) para que a gente garanta ao trabalhador aquilo que é necessário para comer (…) Primeiro temos a obrigação de recolocar a inflação”, seguiu ele.

“Depois nós decidimos que quando a economia cresce, é preciso que o resultado desse crescimento seja distribuído com o povo”, completou o presidente.

Possibilidade de corte

Recentemente, a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB) disse que o governo federal poderia trabalhar para modernizar alguns benefícios previdenciários, mesmo que esta modernização não atinja a aposentadoria. Mas na entrevista de hoje, Lula também sinalizou que isso não vai acontecer.

“A palavra “salário-mínimo” é o mínimo e o “minimório” que uma pessoa precisa para sobreviver. Se eu acho que eu vou resolver o problema da economia brasileira apertando o mínimo do mínimo, eu estou desgraçado, cara, eu não vou para céu”, disse o presidente ao ser questionado sobre o assunto em questão.

Além do salário mínimo

Na mesma entrevista concedida na manhã desta segunda-feira (1), o presidente Lula voltou a criticar a atuação do Banco Central (BC).

“Quem quer o banco central autônomo é o mercado. Eu tive um Banco Central independente, o Meirelles ficou 8 anos no Banco Central no meu governo, sem que o presidente se metesse”, disse o presidente.

“O que você não pode é ter um Banco Central que não está combinando com o que é o desejo da população. Não precisamos ter política de juros alto nesse momento. A taxa selic de 10,5% está exagerada. A inflação está controlada”, completou Lula.

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