STF X Revisão da vida toda de aposentadorias
A saga do julgamento virtual teve seu início na semana passada, e finalmente chegou ao seu clímax nesta sexta-feira, dia 27O Supremo Tribunal Federal (STF) deu uma guinada decisiva ao rejeitar dois apelos que visavam contestar sua própria deliberação, que havia barrado a revisão da vida toda de aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Com isso, a Corte solidificou sua posição, reafirmando o rumo das aposentadorias no Brasil.
A saga do julgamento virtual teve seu início na semana passada, e finalmente chegou ao seu clímax nesta sexta-feira, dia 27.
O resultado foi um clamoroso 7 a 4, selando o destino dos recursos propostos pelo Instituto de Estudos Previdenciários (Ieprev) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM): um não retumbante que ecoou nas salas de decisão.
Além do relator, ministro Nunes Marques, os votos de peso dos ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso se uniram em uma frente decisiva para rejeitar os recursos apresentados.
Os ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Edson Fachin e André Mendonça se uniram em um coro de apoio aos aposentados, lançando sua voz em favor das justas reivindicações dessa importante parcela da sociedade.
Compreenda
Em março deste ano, o Supremo tomou uma decisão significativa, afirmando que os aposentados não podem escolher a regra mais vantajosa para o recálculo de seus benefícios. Uma determinação que ecoou nos corredores da justiça, trazendo à tona debates sobre os direitos dos que dedicaram suas vidas ao trabalho.
A decisão reverberou, desmantelando uma anterior determinação da Corte que havia acolhido o pedido pela tão aguardada revisão da vida toda.
A reviravolta surpreendente aconteceu quando os ministros decidiram concentrar sua atenção em duas ações de inconstitucionalidade que contestavam a Lei dos Planos de Benefícios da Previdência Social (Lei 8.213/1991).
Ao invés de analisarem o recurso extraordinário que havia concedido aos aposentados o tão almejado direito à revisão de seus benefícios.
Ao deliberarem sobre a constitucionalidade das normas previdenciárias de 1999, a maioria dos ministros chegou à conclusão de que a regra de transição é mandatória, sendo inegável sua obrigatoriedade para os aposentados, ao invés de uma escolha.
Antes da nova deliberação, o aposentado tinha a liberdade de escolher o método de cálculo que garantia o maior rendimento mensal. Assim, cabia a ele ponderar se uma visão abrangente de sua trajetória de trabalho poderia trazer um aumento significativo em seu benefício.