Lula diz que governo não pode acabar com saque-aniversário do FGTS

Em entrevista, presidente disse que acabar com o saque-aniversário poderia prejudicar muitas pessoas no Brasil neste momento
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O presidente Luiz Inácio da Silva (PT) voltou a falar recentemente sobre o processo de saque-aniversário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Em entrevista concedida a uma rádio de Fortaleza, no Ceará, ainda no final da última semana, ele disse que o governo federal não pode acabar com o sistema.

O trabalhador que opta pelo saque-aniversário do FGTS, passa a ter o direito de sacar a quantia todos os anos sempre no mês do seu nascimento, ou nos dois meses imediatamente seguintes. Em contrapartida, esse cidadão perde o direito de sacar o FGTS quando passa por uma situação específica, como em uma demissão sem justa causa, por exemplo.

Na entrevista concedida no final da última semana, Lula disse que o governo federal não pode acabar com saque-aniversário do FGTS, porque essa medida prejudicaria milhões de pessoas ao redor do país. Dados mais recentes do Ministério do Trabalho indicam que cerca de 35 milhões de brasileiros optaram por esse sistema.

O que disse Lula sobre o saque-aniversário do FGTS

“Temos o saque-aniversário que é uma coisa que está causando certo problema na poupança do Fundo de Garantia, mas a gente tem noção que não pode acabar porque vai mexer com muita gente. Mas o que a gente quer é fazer com que os trabalhadores da iniciativa privada tenham direito a crédito consignado”, disse ele. 

“Acho que os trabalhadores vão concordar que se tiverem crédito consignado não precisa comprometer o Fundo de Garantia. Porque hoje o trabalhador que recebeu uma parte do Fundo de Garantia não pode retirar nem se for mandado embora, isso é um absurdo”, seguiu o presidente. 

Diálogo com o congresso nacional

Na mesma entrevista, Lula disse que qualquer decisão que for tomada pelo governo em relação ao saque-aniversário vai ter que passar por muito diálogo com o Congresso Nacional. Entre outros pontos, ele defendeu que o assunto seja debatido com calma e sem pressa. 

“Tudo isso, a gente quer fazer de forma conversada e acordada. Não sei se dará pra fazer isso este ano porque discutimos isso meses atrás, o ministro do Trabalho fica pesquisando, discutindo com a Fazenda, e é importante não fazer rápido para não fazer coisa errada”, disse Lula.

“A gente tem que mandar uma coisa que seja plausível, e toda vez eu faço questão de conversar com as lideranças do Congresso Nacional, porque, se a gente não conversar antes com as lideranças, a gente manda um projeto para o Congresso Nacional, chega lá , ele é tripudiado”, completou o presidente.

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