Cerca de 30% do valor dos combustíveis é ocasionado pelo ICMS
No dia sete de setembro, os caminhoneiros foram para as ruas em protesto para solicitar o fim do ICMS e também o voto impresso para as eleições no ano de 2022, quando o presidente da República, Jair Bolsonaro, pode concorrer contra o petista e ex-presidente Lula. Foi então que o debate sobre os aumentos dos combustíveis veio à tona, novamente.
Um levantamento realizado recentemente pela ANP prevê que cerca de 30% de todo o valor dos combustíveis seja referente ao ICMS. Ou seja, uma faixa de R$ 0,30 a cada R$ 1 gasto no litro, vai para o estado em que você vive.
Além dessa porcentagem, também há a inclusão dos impostos federais que não foram zerados para a gasolina, por exemplo. No entanto, uma das principais causas do aumento não foram os impostos, visto que continuam os mesmos há meses, mas os preços não.
O dólar vem influenciando de forma negativa a economia brasileira visto que a Petrobras se baseia nele para determinar os preços. Então, sempre que ele aumenta, a estatal deve aumentar os preços também. Outro ponto é a inflação brasileira que está na faixa de 8,99% no valor acumulado até o mês de julho deste ano. O que também impacta no preço de outros produtos como alimentos e até mesmo a conta de energia elétrica.
A política da estatal brasileira, a Petrobras, vem sendo determinada por fortes altas no ano de 2021 e os reajustes de preços já superaram a faixa de 50% em menos de 12 meses.
Consequências da greve dos caminhoneiros
A greve dos caminhoneiros causou impactos negativos para a economia brasileira: um dia depois das paralisações, o dólar estava com aumentos superiores a 2,5% em relação ao preço anterior, que era de R$ 5,17. O Ibovespa também estava atuando com quedas que chegavam a mais de 2,3% no mesmo período.