Reajuste das contas vinculadas ao FGTS segue pendente

Em junho de 2024, o STF determinou que os saldos das contas devem ser pelo menos corrigidos pela inflação oficial do ano seguinte
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O ajuste das contas vinculadas ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para o ano de 2024 ainda está pendente de definição. De acordo com informações da Caixa Econômica Federal, que é responsável pelo gerenciamento do fundo, essa questão deve ser resolvida no meio do ano, após a definição da distribuição dos lucros.

Apesar da ordem do STF (Supremo Tribunal Federal) de que o fundo deve garantir uma rentabilidade que não fique abaixo da inflação do ano anterior, o Instituto Fundo de Garantia estima uma perda total de R$ 23 bilhões nas contas dos trabalhadores do ano passado até agora, com os rendimentos inferiores aos da caderneta de poupança.

Em junho de 2024, o STF determinou que os saldos das contas devem ser pelo menos corrigidos pela inflação oficial do ano seguinte, que é medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

A decisão garante também a manutenção da taxa de juros atual de 3% ao ano, adicionada da TR (Taxa Referencial), junto com a distribuição de parte dos lucros.

Nas situações em que essa remuneração não atingir o valor do IPCA, será responsabilidade do Conselho Curador do FGTS encontrar uma forma de compensação, garantindo que a correção não fique abaixo da inflação.

O presidente do IFGT explica que, até o momento, o fundo teve um rendimento de 3,83%, que resulta da soma de 3% de juros fixos e 0,81% da TR (Taxa Referencial). Além disso, Avelino ressalta que esse rendimento será ainda inferior ao da poupança, que apresentou um desempenho de 7% no ano passado, superando a inflação em 2,2%.

Por outro lado, o instituto estima que desde janeiro de 1999 até junho de 2024, os trabalhadores sofreram perdas acumuladas de R$ 812 bilhões, um montante que não será recuperado, uma vez que a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) estabeleceu que não haverá qualquer compensação a esse respeito.

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