quarta-feira,
3 de dezembro de 2025

Bandeira Vermelha 1: sua conta de luz permanece cara em novembro

Entenda o impacto da bandeira vermelha patamar 1 e como evitar surpresas na sua conta

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) confirmou a manutenção da Bandeira Tarifária Vermelha – Patamar 1 para o mês de novembro de 2025. Essa decisão tem um impacto direto e significativo nas finanças dos consumidores, pois adiciona um custo extra à tarifa de energia elétrica.

É essencial que os brasileiros compreendam os motivos desse encarecimento para que possam adotar medidas de economia efetivas neste cenário desfavorável.

Por que a conta de luz permanece mais cara em novembro?

O aumento nos custos da energia está intrinsecamente ligado ao cenário hidrológico desfavorável no Sistema Interligado Nacional (SIN), que engloba a maior parte do território brasileiro. Os principais fatores são:

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  • A persistência de chuvas abaixo da média nas principais bacias hidrográficas, especialmente nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, tem mantido os níveis dos reservatórios hidrelétricos abaixo do ideal para a época. Embora as projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indiquem que os reservatórios podem fechar o ano em níveis confortáveis, o panorama de curto prazo, influenciado por uma piora nas expectativas de chuva desde o início do ano, exige cautela.
  • Com as hidrelétricas operando com capacidade reduzida, torna-se obrigatório o acionamento de usinas termelétricas para garantir a segurança e a constância do fornecimento de energia. As termelétricas utilizam combustíveis fósseis, como óleo e gás, e possuem um custo de geração muito mais alto do que a energia gerada pela água (hidrelétrica). Esse custo mais elevado é repassado diretamente para a conta do consumidor via bandeira tarifária.
  • Apesar do avanço das fontes renováveis, como a solar, a geração não é contínua. A demanda de energia atinge picos nos horários da noite e início da manhã, quando a geração solar é nula ou reduzida. Nesses momentos críticos, a dependência do acionamento das termelétricas é ainda maior, justificando o custo extra na tarifa.

Detalhes da cobrança extra e o sistema de bandeiras

As bandeiras tarifárias, criadas em 2015 pela ANEEL, servem como um termômetro que sinaliza o custo real da geração de energia no país. Elas funcionam como um sistema de repasse mensal desses custos variáveis, substituindo o antigo modelo que acumulava esses valores e os aplicava apenas no reajuste anual.

Bandeira Cor Condição de Geração Acréscimo a Cada 100 kWh Consumidos
Verde 🟢 Condições favoráveis. Não há cobrança extra.
Amarela 🟡 Condições menos favoráveis. R$ 1,885
Vermelha (Patamar 1) 🔴 Condições desfavoráveis (custo elevado). R$ 4,463
Vermelha (Patamar 2) 🔴🔴 Condições muito desfavoráveis (custo muito alto). R$ 7,877

A manutenção da Bandeira Vermelha Patamar 1 implica um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos em sua residência ou estabelecimento.

É importante notar que, em meses anteriores, como agosto e setembro de 2025, o cenário foi ainda mais crítico, levando à aplicação da Bandeira Vermelha Patamar 2, com um acréscimo de R$ 7,87 por 100 kWh. O Patamar 1, embora mais brando, ainda representa um custo adicional significativo.

Alternativas essenciais para economizar energia

Diante da bandeira vermelha, a adoção de estratégias de consumo consciente é a principal forma de mitigar o impacto do custo extra.

  • Eficiência Energética Imediata:
      • Chuveiro Elétrico: Um dos maiores vilões. Reduza o tempo de banho e, se possível, use a chave na posição “Verão” ou “Morno”.
      • Iluminação: Substitua todas as lâmpadas por modelos LED, que são muito mais eficientes e duráveis.
      • Aparelhos em Stand-by: Retire das tomadas os equipamentos que não estão em uso. O modo stand-by (luzes de espera) consome energia desnecessariamente.
  • Controle do Clima:
      • Ar-Condicionado: Utilize em temperaturas confortáveis, mas não excessivamente baixas (evite menos de 23°C), e mantenha a manutenção (limpeza dos filtros) em dia para garantir a eficiência.
  • Gestão de Uso:
      • Eletrodomésticos: Programe o uso de máquinas de lavar roupa, lava-louças e ferro de passar para horários fora do pico (geralmente entre 18h e 21h), quando a demanda e os custos do sistema elétrico são mais altos.

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Ana Lima
Ana Lima
Ana Lima é formada em Comunicação Social pela Universidade Estácio de Sá e já atua na profissão há mais de 30 anos. Já foi repórter, diagramadora e editora em jornais do interior e agora atua na mídia digital. Possui diversos cursos na área de jornalismo e já atuou na Câmara Municipal de Teresópolis como assessora de imprensa.

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