O salário mínimo está previsto para aumentar para R$ 1.621 em 2026, o que representa um acréscimo de R$ 103 em relação ao valor atual de R$ 1.518.
Se esse aumento for efetivado, o governo central poderá enfrentar um aumento de despesas na ordem de R$ 44 bilhões no próximo ano.
Segundo as estimativas da equipe econômica do governo, cada R$ 1 de aumento no salário mínimo resultará em uma obrigação de gasto de aproximadamente R$ 429,3 milhões em 2026.
Essa previsão está registrada na Lei de Diretrizes Orçamentárias, aprovada pelo Congresso no começo de dezembro.
Portanto, com um incremento de R$ 103 no salário mínimo, haverá um impacto financeiro obrigatório de cerca de R$ 44,2 bilhões.
Essa mudança afetará também os pagamentos relacionados ao INSS, aos seguros-desemprego e ao abono salarial, já que os valores dos benefícios não podem ser inferiores ao salário mínimo estabelecido.
Sobre o novo salário mínimo
O Ministério do Planejamento e Orçamento confirmou um aumento aproximado de 6,8% no cálculo do novo salário mínimo.
Este valor foi ratificado após a publicação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de novembro, que registrou uma alta de 4,18% em relação aos últimos 12 meses.
Para determinar o salário mínimo, são levados em conta dois indicadores: o INPC acumulado nos 12 meses até novembro do ano anterior e o crescimento econômico dos dois anos anteriores.
Para o ano de 2026, o cálculo utilizou o PIB (Produto Interno Bruto) de 2024, que teve um crescimento de 3,4%. Entretanto, a estrutura fiscal impõe um limite de que a elevação acima da inflação deve ficar entre 0,6% e 2,5%.
Dentre os indicadores econômicos projetados na LDO, a expectativa para o salário mínimo era de R$ 1.627, superior ao valor que foi divulgado na última quarta-feira, no dia 10.
Vale ressaltar que o novo reajuste no salário mínimo passará a valer em janeiro de 2026, refletindo nos salários que os trabalhadores receberão em fevereiro.
